Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Nelson de Sá
Descrição de chapéu Coronavírus

Pfizer, 'hot', vira febre entre americanos e fatura bilhões

Receita da farmacêutica americana alcançou US$ 3,5 bi no trimestre; AstraZeneca ainda não foi aprovada nos EUA

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Nas manchetes de Financial Times e Wall Street Journal ao longo da tarde, "Receita da Pfizer com vacina para Covid alcança US$ 3,5 bilhões" no primeiro trimestre. O New York Times deu mais atenção aos lucros, "Pfizer arranca centenas de milhões".

A febre em torno da farmacêutica americana, com uma vacina criada pela alemã Biontech, levou veículos como Atlantic e Slate a produzir longas análises sobre o que está fazendo as pessoas, por exemplo, acrescentarem a marca aos seus próprios nomes em mídia social.

Fala-se em "elitismo Pfizer" e até "complexo de superioridade Pfizer", diante das concorrentes Moderna e J&J. Abaixo, no TikTok:

Já a britânica AstraZeneca ainda não foi aprovada nos EUA e motiva reportagens, por exemplo, esta levada ao alto da home do WSJ: "Família de professora que morreu após injeção busca respostas". Na Europa, já teriam sido identificados 350 casos como o dela, de trombose após tomar AstraZeneca.

É a vacina que os EUA produziram, mas não se permitem usar —e que Joe Biden, segundo o NYT, gostaria de distribuir aos pobres do mundo, "contanto que os reguladores federais considerem segura".

CONTRAPRESSÃO

A reação para que Biden não force Pfizer e outras a renunciarem às patentes vem crescendo, com editoriais contrários no Washington Post, do magnata Jeff Bezos, e na Bloomberg, de Michael Bloomberg. Antes, o WSJ de Rupert Murdoch já havia criticado o "roubo" que a Índia e a África do Sul estão propondo —e que também é atacado regularmente por Bill Gates.

Conselheiro da Casa Branca, Anthony Fauci agora falou ao FT que "existem outras maneiras".

NÃO É SÓ A ÍNDIA

A Bloomberg avisa, em título de reportagem, que "Não é só a Índia: Novas ondas da Covid atingem países em desenvolvimento". Lista vizinhos asiáticos, de Tailândia e Laos a Nepal e Butão, mas também o sul-americano Suriname —cujo maior grupo étnico é indiano.

Ao fundo, nove governadores no Japão defenderam que a Olimpíada seja cancelada, segundo o japonês Mainichi Shimbun.

ESTÍMULO & CHINA

WSJ e agência Associated Press noticiam a balança comercial dos EUA em março com "recorde de deficit" e "recorde de importação", esta causada por "consumo e nova rodada de estímulo" estatal:

"Politicamente sensível, o deficit com a China cresceu 11,6%, para US $ 27,7 bilhões, como de costume, o maior."

CIA HUMANA

Da plataforma Substack às colunas do NYT, espalha-se o assombro com o novo comercial da CIA (acima), com voz em off falando coisas como:

"Eu sou uma mulher negra. Sou cisgênero. Sou interseccional, mas minha existência não é um exercício de classificação. Recuso-me a internalizar ideias patriarcais equivocadas."

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.