Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

China pode fazer o que diz por ter partido forte, declara Lula ao Guancha

Em entrevista a site chinês de opinião, ex-presidente questiona participação dos EUA na Operação Lava Jato

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No fim de semana anterior ao centenário do PC chinês, na próxima quinta (1º), um dos principais veículos de opinião do país, o Guancha, de Xangai, publicou extensa entrevista com Lula.

A chamada foi mantida no alto da página inicial, abaixo de uma manchete com Xi Jinping, destacando uma declaração atribuída ao ex-presidente brasileiro, "Por que a China pode fazer o que diz? Porque ela tem um partido político forte".

"Por exemplo", diz Lula na entrevista, "a China é capaz de lutar contra o coronavírus tão rapidamente porque tem um partido político forte e um governo forte. Porque o governo tem controle e poder de comando. O Brasil não tem isso, nem outros países."

Na entrevista, ele questiona a ação do Departamento de Justiça dos EUA na Operação Lava Jato, saúda o retorno da esquerda na América Latina, mas evita falar de eleição, dizendo que a prioridade do PT neste ano é garantir a vacinação no país.

Bloomberg e outros despacharam pouco antes que ele "derrotaria Bolsonaro no primeiro turno, segundo pesquisa".

O Guancha, em chinês, é do investidor em tecnologia Eric X. Li, vinculado a Stanford. Professor de Fudan, foi o entrevistador e abriu falando que Lula "é muito famoso na China".

XI & PUTIN

O editor-chefe do nacionalista Global Times, Hu Xijin, publicou em rede social que, "com o centenário se aproximando, a mídia ocidental levanta a voz para falar mal do PC" e tentar desacreditar sua liderança.

Em contraponto, na manchete do jornal ao longo do domingo, "Xi e Putin vão se reunir online, sublinhando parceria estratégica inabalável", sobre a conversa nesta segunda, "dias antes do centenário".

CHINA & ARGENTINA

No South China Morning Post e em veículos estatais do país, "China ataca 'colonialismo ocidental' ao apoiar reivindicação da Argentina" sobre as ilhas Malvinas.

No destaque do jornal de Hong Kong, do bilionário de tecnologia Jack Ma, "diplomatas chineses retaliam 'intromissão' britânica em Hong Kong com apoio a Buenos Aires".

CHINA & ÁFRICA

Na manchete do financeiro japonês Nikkei, "Tanzânia retoma projeto portuário de US$ 10 bilhões com China", anunciado pela presidente Samia Suluhu no sábado, após conversa com Xi Jinping.

O SCMP acrescentou que empreiteiras chinesas iniciaram a construção de ferrovia na uma Tanzânia, de US$ 1,3 bilhão, após concluírem ferrovias na Nigéria e no Quênia.

BIDEN ORDENA ATAQUES

Final de domingo, na americana ABC, "Joe Biden ordena ataques aéreos" na Síria e no Iraque, agora "para proteger pessoal dos EUA".

'HOMELESS'

Na página inicial do Washington Post (acima), "Bolsonaro disse que abordagem de não interferência na pandemia visava proteger os pobres do Brasil. Eles estão sofrendo mais do que todos".

O jornal foi a acampamentos de sem-teto que surgiram ou "incharam", como Carolina Maria de Jesus, em São Paulo.

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