Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu União Europeia

G7 'racha' e se limita a criar um 'grupo de trabalho' sobre China

Para NYT, 'rachaduras são claras'; alemão FAZ questiona se grupo 'tem mais coisas que o dividem do que o mantêm unido'

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A exemplo do que se viu na cúpula virtual sobre clima, a reunião do G7 foi murchando. No New York Times, não foi manchete ao longo do domingo —sempre abaixo de uma reportagem sobre o acidente no metrô do México e depois também da mudança de governo em Israel.

A explicação estava nas chamadas que foram saindo. "Potências não chegam a acordo sobre data para parar de queimar carvão", que ONGs descreveram como "decepção colossal". O jornal tentou destacar um resultado, "Líderes se unem para imposto mínimo global", mas era decisão noticiada há dias —e que ainda depende do G20 em outubro.

O NYT trocou a chamada, por fim, para "Líderes do G7 oferecem frente unida no final da cúpula, mas as rachaduras são claras", com europeus recusando "partes essenciais da agenda de política externa do presidente" dos EUA.

Por exemplo, "embora os líderes tenham pedido à China que respeite 'liberdades fundamentais, especialmente em Xinjiang', não houve acordo sobre a proibição da participação ocidental em projetos" e "o esforço para enfrentar abusos terminou com uma vaga declaração de que estavam criando um grupo de trabalho".

No alemão FAZ, a chanceler Angela Merkel conversa com o presidente Joe Biden, entre assessores, na cúpula do G7 - AFP

SIM, PORÉM

Na Alemanha, o Frankfurter Allgemeine Zeitung chegou a dar como manchete, mas questionando no enunciado que o "G7 tem mais coisas que o dividem do que o mantêm unido". Com a imagem acima, avaliou que o investimento em infraestrutura "em países pobres é talvez o resultado mais importante do G7, mas não é uma alternativa à Iniciativa Cinturão e Rota", da China.

O financeiro francês Les Échos foi mais direto, com a manchete "O 'sim, porém' dos europeus para Joe Biden contra a China".

O BREXIT CONTINUA

Le Monde e jornais britânicos se concentraram em seu próprio conflito. O jornal francês deu uma só chamada, pequena, "Brexit e disputa entre Reino Unido e União Europeia sobre a Irlanda do Norte atormentam G7".

No Times de Londres, foi manchete, "Boris Johnson diz que fará 'o que for preciso' para proteger integridade territorial do Reino Unido". Foi em reação a uma notícia do Telegraph, de que nos bastidores "Emmanuel Macron sugeriu que a Irlanda do Norte não era parte do Reino Unido".

'TANG PING'

Surgiu há três meses no Baidu Tieba, com um usuário recorrendo à expressão tang ping, ficar deitado, para questionar a busca de sucesso financeiro a qualquer custo e lançar o "movimento", que se espalhou por outras plataformas, como Douban.

Há três semanas, um artigo contra a atitude "vergonhosa", publicado no jornal Nanfang, de Guangdong, disparou a controvérsia em mídia, levando a textos mais positivos na Caixin (com a imagem acima), no South China Morning Post e no próprio Nanfang.

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