Um dia após o ministro brasileiro da Saúde prometer que "logo, logo não precisaremos de máscara" devido à vacinação, New York Times, Fox News (abaixo) e outros veículos americanos levaram às manchetes que, "em forte reviravolta", o governo Joe Biden recomendou o uso para pessoas vacinadas, "em áreas de alta transmissão".
Questionada, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, justificou: "Ainda estamos no meio de uma pandemia única em uma geração, lutando contra um vírus em constante evolução".
A mesma agência governamental, CDC, havia derrubado a recomendação dois meses atrás. "A mudança vem após infecções crescentes com a variante Delta do vírus em pessoas que estavam totalmente imunizadas", explicou o NYT.
Vem também após o Ministério da Saúde de Israel divulgar que a eficácia da Pfizer contra infecção pela Delta caiu para 39%. Contra o vírus original, era de 94%. É a vacina mais usada nos dois países.
Além das máscaras, o governo Biden alertou americanos contra viagens a Israel e diversos países da Europa em que a variante indiana segue crescendo. Governos europeus criticam a manutenção das restrições, iniciadas sob Donald Trump, segundo o Washington Post.
CANÁRIO EM MINA DE CARVÃO
Antes, o WP destacou que a "equipe de Biden monitora de perto" a Delta na Inglaterra, "à medida que suas ansiedades aumentam quanto ao impacto na economia americana". A estratégia do primeiro-ministro Boris Johnson, de "reabertura agressiva" no país e em Gales, apesar da variante, serviria como "canário em mina de carvão".
Na rádio BBC, manchete por Times e outros, Neil Ferguson, ex-ministro e agora assessor, falou que o pior vai ficar para trás até outubro. Outros, como Independent, destacaram de suas declarações que a infecção pode voltar a crescer após a queda da última semana.
VARIANTE INDIANA NA CHINA
A Delta também assusta em Nanjing, perto de Xangai. CCTV, Caixin e South China Morning Post, este em manchete, noticiam que o foco é o maior em meses, no país. E a cidade está para enfrentar enchentes.
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