Sobre o propagandeado voo do empresário Richard Branson, da Virgin, o âncora Fareed Zakaria perguntou na CNN ao astrofísico Neil deGrasse Tyson, que ocupou o lugar de Carl Sagan na popularização da ciência: "Para você, isso é mesmo viagem espacial?".
Na imagem reproduzida abaixo, à esquerda, Tyson fez silêncio e soltou, com uma risada: "Não! Me desculpe. Me desculpe. Antes de mais nada, é suborbital". Depois acrescentou que era significativo, de todo modo, para o turismo.
A saída de New York Times, Wall Street Journal, Financial Times, Le Monde e outros foi tortuosa, falando em "edge of space" ou "jusqu'aux frontières de l'espace". Nas chamadas de WSJ e FT, "Branson alcança a borda do espaço" ou "toca a borda do espaço". No jornal francês, "Branson voa às fronteiras do espaço".
O NYT usou "borda do espaço" ao iniciar o texto, preferindo chamar na home para algo mais simples, "Branson conclui voo da Virgin, buscando abrir o turismo espacial".
Já o financeiro russo Kommersant foi irônico, "O bilionário disse que o bilionário voou", ressaltando ser suborbital.
NORD STREAM 2 NO MÊS QUE VEM
Kommersant e outros russos, além de alemães como FAZ, estavam mais atentos à entrevista do CEO da empresa Nord Stream 2 ao financeiro Handelsblatt, anunciando em manchete que o gasoduto ligando Rússia e Alemanha fica pronto já em agosto.
Matthias Warnig, executivo alemão próximo do presidente russo, Vladimir Putin, disse acreditar que o primeiro Nord Stream, que passa pela Ucrânia, será mantido na distribuição do gás russo à Europa.
CHINA & UCRÂNIA
Sobre a Ucrânia deixada de lado pelos EUA, que resolveram não impedir mais o Nord Stream 2, o South China Morning Post noticiou na submanchete que Pequim e Kiev assinaram "novo acordo de infraestrutura, uma surpresa para observadores geopolíticos".
China e Ucrânia vão "trabalhar juntos em estradas, portos e ferrovias".
VACINAS DA CHINA PARA TAIWAN
E o financeiro chinês Caixin noticiou que o laboratório Fosun Pharma, de Xangai, fechou contrato para fornecer dez milhões de doses da vacina criada pela alemã Biontech à gigante de semicondutores TSMC, de Taiwan, que vai repassá-las ao governo local. É a vacina vendida pelos EUA como Pfizer.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.