Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu jornalismo mídia google

Três americanas e duas chinesas levam 46% da publicidade global

Google, Facebook, Alibaba, Bytedance (TikTok) e Amazon somaram receita publicitária de US$ 296 bilhões em 2020

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O dado apareceu no meio do estudo This Year, Next Year, realizado pelo GroupM, do WPP, maior corporação de propaganda no mundo.

Os cinco maiores vendedores de publicidade no ano passado, as plataformas Google, Facebook, Alibaba, Bytedance (do TikTok) e Amazon, somaram uma receita publicitária de US$ 296 bilhões, 46% do total global.

“Uma das principais tendências mapeadas pelo GroupM é o aumento das empresas de tecnologia chinesas”, avaliou o site de mídia PressGazette, projetando que o duopólio de Google e Facebook, ainda os líderes, está agora se tornando “quintopoly” (acima).

Em cinco anos, o Alibaba triplicou em propaganda, a Bytedance foi de US$ 1 bilhão a US$ 28 bilhões e os novatos Pinduoduo e Kuaishou saíram do nada para o Top 25.

Mais importante, segundo o próprio estudo, “dez anos antes, o Top 5 abrangia Google, Viacom/CBS, News/Fox, Comcast e Disney, que somavam US$ 70 bilhões em publicidade ou 17% do total global existente naquele ano”.

A concentração é muito maior agora —e se estendeu pelo mundo. O GroupM destaca que em 2010 a disputa era sobretudo pelos gastos de propaganda nos Estados Unidos, com a exceção do Google, já se mostrando então global, e que em 2020 ela avançou por centenas de mercados.

E pouco restou para mídia, como sublinha Jane Singer, professora de jornalismo na Universidade de Londres: “Cinco gigantes de tecnologia, três com sede nos EUA e duas na China, agora respondem por praticamente metade da receita de publicidade no mundo inteiro”.

Em seguida saiu outro estudo, da consultoria Lazard, evidenciando o movimento das organizações de mídia e jornalismo (acima) ao ver a publicidade sendo tragada por plataformas.

“Na última década, as empresas com assinatura digital para os consumidores se expandiram muito além das suas raízes iniciais de mídia”, começa o relatório, retratando os primórdios, com o Wall Street Journal nos anos 1990, depois os saltos com a Netflix em 2007 e com o New York Times em 2011, até o grande congestionamento, agora.

Em suma, “o futuro da mídia —e de muito mais em nosso mundo— está inteiramente ligado às assinaturas”.

‘COVARDIA’

Na plataforma Substack, a newsletter Persuasion (acima) ataca a hipocrisia do NYT, que demitiu o repórter Donald McNeil Jr. por citar uma palavra racista ao responder a uma pergunta de estudantes sobre a própria palavra. Meses depois, com a cobertura do NYT sobre pandemia, McNeil incluído, concorrendo ao Pulitzer, o jornal escreveu à organização dizendo que ele não tinha sido racista —e levou o prêmio.

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