Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Afegãos começam a chegar, e Europa teme reanimar extrema direita

Onda de líbios e sírios em 2015 levou à ascensão da xenofobia e à divisão europeia; temor é maior na Alemanha, que tem eleição

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Na manchete do Frankfurter Allgemeine Zeitung, "Ninguém os quer", com foto de uma mulher e jovens afegãos (abaixo). E do Süddeutsche Zeitung, "Por onde correm as rotas de fuga do Afeganistão para a Europa", prevendo "centenas de milhares".

Logo abaixo, no FAZ, "Os primeiros afegãos chegam à Alemanha e são distribuídos aos estados federais em ônibus", enquanto políticos de centro-direita, às vésperas de eleição, defendem apoio aos vizinhos do Afeganistão, para conter a onda por lá.

"2015 não pode se repetir", diz Armin Laschet, candidato de Angela Merkel à sua sucessão, já em queda nas pesquisas. E não são só alemães que se voltam para a nova onda de imigração, na sombra daquela que mudou a União Europeia.

No espanhol El País, "Espanha começa a receber solicitantes de asilo afegãos antes de enviá-los para outros países da União Europeia". Já somam 36, no "acampamento" de Torrejón de Ardoz.

A perspectiva de invasão de imigrantes, novamente a partir de ações dos EUA em países muçulmanos, recebe atenção de chineses como Guancha, "400 mil afegãos deslocados, temores europeus: onda de refugiados se repete seis anos depois".

E de americanos como New York Times, "Memória da crise dos migrantes assombra Europa quando chegam primeiros refugiados afegãos". Explica o jornal:

"Políticos europeus estão apavorados com a possibilidade de se atiçarem as brasas dos movimentos de extrema direita que remodelaram a política depois que a onda de solicitantes de asilo das guerras na Síria e no Iraque chegou à Europa em 2015".

CAMISA 10

No alto da home do londrino The Times (acima), a identificação dos restos humanos num avião militar americano. São de Zaki Anwari, 19 anos, camisa 10 "que jogava pela seleção nacional jovem e dizia acreditar em escolher seu próprio destino".

Morreu "após tentar segurar a parte externa da aeronave militar americana", descreve o jornal. "Ele teria sido preso pelo trem de pouso e seus restos mortais foram encontrados num poço de roda."

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