O New York Times achou outro ponto para destacar, não menos constrangedor, "Estados Unidos pedem ao Taleban que poupe sua embaixada no combate por Cabul".
Mas a notícia era outra. No Washington Post, "EUA enviam milhares de soldados para ajudar na partida de funcionários da embaixada". E no Financial Times, "EUA enviam soldados para evacuar funcionários da embaixada no Afeganistão".
E foi a manchete do principal jornal alemão, Frankfurter Allgemeine Zeitung, que resumiu o impacto do desastre, para a imagem dos EUA frente ao resto do planeta, com o enunciado "A retirada de Biden: Mundo sem polícia do mundo" e um vídeo da "base militar americana abandonada de Bagram". Logo abaixo:
"A retirada do Afeganistão é uma humilhação para o Ocidente —e um ponto de inflexão para a política internacional."
REINO UNIDO TAMBÉM CULPA EUA
A estatal britânica BBC avisou que, como de costume, também "Soldados do Reino Unido são enviados para resgatar britânicos à medida que o Taleban avança". No londrino Guardian, "EUA merecem grande parte da culpa pelo desastre militar".
AO FUNDO, CHINA-RÚSSIA
Da rede CCTV à agência Xinhua e aos jornais Guancha, Global Times e South China Morning Post (com a foto acima, da Xinhua), a mídia chinesa acompanha extensivamente os exercícios militares conjuntos com as forças russas, na China Ocidental. Comandantes de ambos citam atenção à crise no Afeganistão.
No dia em que começaram as operações, segunda (9), o think tank Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia publicou "Parceria estratégica China-Rússia: De continental a marítima", de Zhao Huasheng, da Universidade Fudan, de Xangai, propondo a aproximação também como "potências oceânicas".
'CASAMENTO RUIM'
Já a Foreign Affairs, do Conselho sobre Relações Internacionais (Council on Foreign Relations) dos EUA, publicou "O jeito certo de separar China e Rússia", de Charles Kupchan, da Universidade Georgetown, de Washington, dizendo como "ajudar Moscou a deixar um casamento ruim", assimétrico.
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