Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu América Latina

Biden corre para responder a Xi Jinping na América Latina, com infraestrutura

Bloomberg e Reuters noticiam que enviado dos EUA vai 'ouvir' Colômbia e outros para plano contra Iniciativa Cinturão e Rota

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Dez dias depois da cúpula da Celac no México, em que Xi Jinping discursou por vídeo para presidentes latino-americanos de diversas vertentes, Bloomberg e Reuters noticiam que Joe Biden vai enviar uma equipe para conversar com três deles.

Nos enunciados, respectivamente, "Biden quer rivalizar com Iniciativa Cinturão e Rota da China na América Latina" e "EUA planejam projetos na América Latina contra Cinturão e Rota da China".

Vista aérea de Bogotá, na Colômbia, em 7 de abril de 2020 - Reuters

Mais especificamente, "o governo Biden está estudando um concorrente liderado pelos EUA" para se contrapor na região ao programa chinês —que "passou de projetos desconectados de infraestrutura para peça central da política externa de Pequim, segundo assessores de Biden".

Com a Iniciativa Cinturão e Rota, acrescentam os assessores, a China ganhou acesso a matérias-primas, laços comerciais e vantagem geopolítica. Daí a viagem do vice do Conselho de Segurança Nacional para Colômbia, Equador e Panamá.

É "a primeira de uma série, para ouvir", diz a Reuters (com a foto acima). Nada de dinheiro, por enquanto. Ou de incluir o Brasil.

E O URUGUAI?

Em artigo no Barron's, semanário ligado ao Wall Street Journal, um diretor da organização Americas Society/Council of the Americas, de Washington, diz que a China está vencendo a competição na região.

"Quer prova? Olhe para o Uruguai", diz, citando a perspectiva de acordo de livre comércio entre os dois. O texto defende que "os EUA devem se aproximar do Uruguai", antes que seja tarde.

'HUAWEI NÃO É ALSTOM'

No rastro da libertação de Meng Wanzhou, executiva e filha do presidente da Huawei, Ren Zhengfei, o nacionalista Global Times destaca que a empresa mantém seus "planos no exterior".

A conclusão do caso, diz seu editor, é que "a Huawei não é a Alstom", referência à gigante francesa que também teve executivo preso em ação do Departamento de Estado dos EUA.

Segundo o financeiro Nikkei, Ren Zhengfei anunciou que a meta da Huawei agora é "liderar em 6G", estabelecendo padrões globais. A empresa chinesa, registra o jornal japonês, "já detém o maior número de patentes para tecnologia 5G".

NO CAMINHO DA GUERRA

O cerco em Washington à presidente do FMI, acusada de favorecer Pequim, levou o economista Jeffrey Sachs, de Columbia, a escrever no Financial Times contra a "histeria anti-China".

Argumenta que, se Biden ceder aos congressistas "isolacionistas" e derrubá-la, será uma volta ao "nacionalismo financeiro dos anos 1930, que pôs o mundo no caminho da guerra total".

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