Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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'Não vacinado e desafiador', destacam NYT e WP, sobre Bolsonaro na ONU

Ele 'enfraqueceu aplicação das leis ambientais', diz jornal de NY, e 'ainda assim argumentou que deveria ser aplaudido'

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No enunciado do New York Times, "Não vacinado e desafiador, Bolsonaro se contrapõe às críticas em discurso na ONU" (abaixo).

Abrindo o texto, "O presidente do Brasil deu início à Assembleia Geral defendendo o uso de drogas ineficazes para tratar o vírus e rejeitando críticas ao histórico ambiental de seu governo". Mais à frente:

"O governo de Bolsonaro enfraqueceu a aplicação das leis ambientais e esvaziou as agências responsáveis por aplicá-las. Ainda assim, ele argumentou que o Brasil deveria ser aplaudido pelo quanto de suas florestas permanecem intactas."

Sobre Covid, o NYT publica que "o presidente de extrema direita disse que os médicos deveriam ter mais margem de manobra para usar remédios não testados, acrescentando que ele estava entre os que se recuperaram após o tratamento com uma droga antimalária que estudos consideram ineficaz para tratar a doença".

Ainda sobre pandemia, no destaque do Guardian, "Bolsonaro promove 'tratamento precoce' em discurso", lembrando que "ele próprio fez" e dizendo: "Não conseguimos entender por que tantos países, junto com grande parte da mídia, se posicionaram contra".

MOMENTO EMBARAÇOSO

Antes de atualizar o texto com o discurso, o NYT destacava como o "Status de não vacinado de Bolsonaro causou momentos embaraçosos em Nova York", a começar da foto da pizza na rua, compartilhada pelo general Luiz Eduardo Ramos e outros.

Momento que chamou a atenção do tabloide NY Post, "Presidente não vacinado do Brasil teve que comer pizza na calçada em Nova York".

DESAFIADORAMENTE EMBARAÇOSO

Também o Washington Post deu atenção ao discurso do brasileiro, com a chamada "Não vacinado, Bolsonaro parece quebrar ‘sistema de honra’ da ONU durante discurso", em relato linkado pelo Drudge Report.

O jornal ressalta que o presidente, com sua fala, "fez uma abertura desafiadoramente embaraçosa para um evento que deve se concentrar amplamente na resposta global à pandemia". Mais à frente:

"Sua própria presença na assembleia dizia muito sobre a pandemia: Como ele não foi totalmente imunizado, Bolsonaro parece ter violado as regras da ONU que pediam que todos aqueles que entraram fossem totalmente vacinados, sob um 'sistema de honra'."

MOTIVO DE CHACOTA

Juan Arias, que por décadas foi o correspondente do espanhol El País, escreve que, "além de triste, é injusto que o Brasil tenha passado de objeto de desejo fora de suas fronteiras a motivo de chacota".

Enfatiza que "não é só culpa de Bolsonaro que o mundo zombe do Brasil", que "as desculpas para não abrir um processo contra o presidente são ridículas, além de perigosas".

LEVOU A CAMPANHA

No argentino Ámbito Financiero, "Bolsonaro leva campanha para a ONU: 'Brasil estava à beira do socialismo'". Resumiu que, "em 12 minutos, o presidente brasileiro defendeu tratamento precoce, contrário às diretrizes científicas, disse que o Brasil estava à beira do socialismo antes de ele assumir e garantiu que desde então não houve um único caso de corrupção".

Também no Clarín, "Bolsonaro apontou contra Lula em seu discurso na ONU: 'O Brasil estava à beira do socialismo'".

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