Os argentinos foram do "Papelão mundial brasileiro" no Olé (abaixo) ao "Escândalo" no La Nación. Mas foi manchete também ao longo da América Latina, na mesma linha.
O chileno La Tercera destacou o "Papelão em São Paulo". O colombiano El Tiempo, o "Escândalo". O mexicano Reforma, a "Irrupção das autoridades" no campo.
Nos EUA e Europa, ainda que sem levar à manchete, o New York Times noticiou que "Autoridades invadem campo" com "ameaça de deportar argentinos", e o alemão FAZ, que "Autoridades provocam caos em clássico" com "cenas bizarras em São Paulo".
Ao fundo, o noticiário externo acompanha a aproximação do 7 de Setembro com enunciados como, no mesmo La Nación, "Tensão no Brasil: o risco de uma ruptura democrática deixa todos nervosos".
No francês Le Figaro, as manifestações são "um ultimato ao Supremo" por parte do "líder de extrema direita". No alemão Süddeutsche, sob o título "Nervosismo antes do deadline":
"Uma tempestade perfeita está se formando, as nuvens estão ficando mais escuras —e haverá eleições no ano que vem. Bolsonaro está muito atrás nas pesquisas. Observadores temem que o 7 de Setembro possa ser um ensaio de figurino para o golpe."
O 6 DE JANEIRO DE BOLSONARO
Nos EUA, os jornais nacionais seguem contidos, mas sites como Intercept (acima) e HuffPost produzem reportagens ligando a data à tentativa semelhante de Donald Trump.
Respectivamente: "O comício pró-golpe de Bolsonaro: o 7 de Setembro está se moldando como o 6 de Janeiro do Brasil" e "A versão do 6 de Janeiro de Bolsonaro agora parece inevitável no Brasil".
VACA LOUCA
A imagem de descontrole do país se estende à mídia chinesa, com agências, canais como CGTN e jornais como South China Morning Post destacando que o "Brasil confirma casos de vaca louca e suspende exportação de carne para a China".
ONDA DE CRIMES
Na home do Financial Times, "Banco Central do Brasil é forçado a restringir o uso de seu aplicativo de transferência de dinheiro, Pix, em meio a uma onda de crimes".
GRAÇAS AO DESASTRE
Na edição de domingo do NYT (abaixo), extensa reportagem mostrou como o rio Paraná, "uma tábua de salvação econômica da América do Sul, está secando", com atenção para os efeitos na Argentina.
O jornal responsabiliza o "desmatamento na Amazônia", onde se originam tributários do rio, e ouve de um pescador: "Tudo isso é graças ao desastre que estão fazendo no Brasil. Eles cortaram tudo".
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