Dos principais, como o Frankfurter Allgemeine Zeitung, aos regionais, como o Die Rheinpfalz (capa abaixo, com a "capital mundial da vacinação"), os veículos alemães não escondem a admiração pelo combate à pandemia no Brasil, enquanto mergulham na quarta onda.
Vem assim há mais de uma semana, com o berlinense Der Tagesspiegel, por exemplo, destacando um pedido de Lula para os alemães se vacinarem. Mas agora se generalizou e o FAZ, talvez o mais influente do país, ressalta como os "Cidadãos desafiam o negacionista Bolsonaro". Do correspondente Tjerk Brühwiller:
"O Brasil passou por coisas ruins. Agora a luz pode finalmente ser vista no fim do túnel. A taxa de vacinação é alta. E mesmo o negacionista no palácio presidencial foi incapaz de evitar isso."
Sob o título "Brasil olha abismado para o caos alemão", na revista Der Spiegel, a correspondente Nicola Abé destacou uma cena presenciada e descrita em mídia social por um colega:
"Um barzinho em São Paulo. Dois homens sentados, bebendo cerveja. Há uma reportagem na TV sobre a dramática situação do coronavírus na Alemanha. Um deles pergunta, incrédulo: 'Na Alemanha, é mesmo?'. O outro: 'Sim, esses loucos não se vacinam'."
Tentando levantar "o que a Alemanha pode aprender", a Der Spiegel cita vários motivos, para concluir que, "acima de tudo, os brasileiros podem atribuir a si mesmo o sucesso: Como quase nenhuma outra população no mundo, eles confiam nas vacinas".
Por toda a cobertura, são títulos como "Uma vitória para a ciência" e "O sucesso da vacinação com que a Alemanha só pode sonhar", ambos no jornal Die Welt, e "Assim muda a maré" e "O milagre do Brasil —apesar de Bolsonaro", nos portais T-online e Web.de.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.