Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Às vésperas de Pequim 2022, publicidade declara trégua

Cobertura das Olimpíadas se acelera, junto com os anúncios de empresas chinesas e americanas; abertura é na sexta (4)

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Os Jogos de Inverno surgiram no alto dos tópicos mais populares da rede social Sina Weibo no fim de semana, destacando entrevista do jornal Nanfang com a atriz Yang Zi, que está no vídeo de apresentação do evento em Pequim —descrita como a única "cidade de duas Olimpíadas". Começa na sexta (4).

A rede americana NBC e jornais como USA Today também introduziram no final de semana as suas coberturas, que serão concentradas, ao que parece, em pouco mais de 20 esportistas, apresentados como personagens de reality show. O país quer "melhorar" em relação a 2018, quando foi quarto em medalhas.

Anúncio da empresa chinesa de equipamento esportivo Anta, no Sina Weibo - Reprodução

Não faltou atenção à publicidade, nesse lançamento informal do evento esportivo global. A segunda postagem do tópico na rede social chinesa foi um comercial da empresa de equipamento esportivo Anta, que patrocina os Jogos e cresceu no mercado do país, tornado mais nacionalista desde o início da guerra comercial por Donald Trump.

E o New York Times produziu uma extensa reportagem crítica aos patrocinadores americanos. Seus "executivos dizem que os Jogos não devem ser politizados" e, com isso: "As latas da Coca-Cola são adornadas com anéis olímpicos. A Procter & Gamble abriu um salão de beleza na Vila Olímpica. Visa é o cartão de crédito oficial".

Estande da Coca-Cola num supermercado de Pequim, em foto publicada pelo New York Times - Reuters

HU AO ATAQUE

Talvez o mais conhecido jornalista chinês, Hu Xijin vem defendendo sem intervalo os Jogos das críticas da imprensa e do governo dos EUA, em textos e vídeos publicados em suas diversas plataformas —da coluna no Global Times ao Twitter, ambos em inglês, e do Weibo ao portal Guancha, em chinês.

Ele deixou a edição do jornal em dezembro.

A LISTA

Caixin e outros veículos chineses divulgaram a relação dos mandatários que deverão estar na abertura das Olimpíadas, ao lado de Xi Jinping —com pouco mais de três dezenas de nomes, do Sudeste Asiático à Ásia Central, da Europa à América Latina e à Oceania.

O governo Jair Bolsonaro não envia ninguém, mas o presidente do Banco dos Brics, Marcos Troyjo, ex-secretário do Comércio Exterior, está previsto para o estádio Ninho do Pássaro, na sexta.

RÚSSIA, UCRÂNIA & CHINA

O presidente da Ucrânia não está na lista, mas o país é próximo da China, parte da Iniciativa do Cinturão e Rota, e o portal Guancha especula: "Os líderes russo e ucraniano se encontrarão em Pequim? Kremlin diz que não pode ser descartado".

Na manchete do South China Morning Post, "China renova apelo para negociações diretas Rússia-Ucrânia". Pequim "tem cooperação estreita com os dois países e não tomará partido".

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