A medalha de ouro de Gu Ailing, como é chamada na China, ou Eileen Gu, nos Estados Unidos, concentrou a atenção das Olimpíadas de Inverno, sobretudo na própria China. Ela celebrou sua conquista alternadamente em chinês e em inglês:
É manchete nesta manhã de terça no portal Guancha, que salienta que ela recusou o conselho de sua mãe e arriscou um salto que jamais havia dado, e no Global Times, do PC. O South China Morning Post ressalta que ela, em coletiva, "festejou o poder unificador do esporte".
Gu domina também os tópicos mais populares do Sina Weibo. Em primeiro lugar na rede social chinesa, um relato da defesa que ela fez na rede social americana Instagram de Zhu Yi, outra atleta chinesa nascida nos EUA, que sofreu várias quedas em sua apresentação.
"Gu Ailin respondeu à mídia americana", no título do tópico e da postagem, referência ao noticiário nos EUA sobre as críticas a Zhu no próprio Weibo. Ela escreve que, na verdade, "mais de 90% dos comentários foram positivos e inspiradores", pois "todo mundo entende que cair é parte do esporte". Na coletiva, Gu voltou a elogiar o "caráter" de Zhu, de 19 anos.
O ouro da esquiadora ganhou atenção também nos EUA, onde ela havia sido chamada de "traidora" na Fox News. A rede NBC, que tem os direitos de transmissão do evento, destacou a festa dos moradores de Pequim. A CNN, a repercussão do feito na internet chinesa. E o New York Times, o fato de que ela nunca havia tentado seu "salto gigante".
CRIMES DE ÓDIO
Filha de mãe chinesa e pai americano, Gu nasceu em San Francisco, cidade onde os relatos de crimes de ódio contra asiático-americanos, sobretudo sino-americanos, cresceu 567% em 2021, segundo o Washington Post. Em Nova York, o crescimento foi de 361% no ano passado, segundo a NBC.
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