A decisão do presidente Joe Biden de destinar dinheiro do banco central do Afeganistão, depositado nos Estados Unidos, para "compensar vítimas dos ataques do 11 de Setembro" de 2001 ecoa na China. Da porta-voz da chancelaria, Hua Chunying:
"O país mais rico do mundo está saqueando descaradamente a riqueza do mais pobre! Seja qual for o pretexto, o dinheiro do povo afegão deve estar sob a posse e o controle deles mesmos, especialmente em sua hora de maior necessidade."
Até veículos americanos resistem ao plano, como os jornais New York Times e Washington Post, a rede ABC (acima) e o canal de notícias MSNBC, que já vinham responsabilizando a retenção dos recursos pela fome no Afeganistão, inclusive em editorial.
AS OUTRAS MULHERES AFEGÃS
A agência chinesa Xinhua já vinha cobrindo protestos afegãos, inclusive um de mulheres, contra a retenção do dinheiro.
Como chegou a publicar a revista The New Yorker em extensa reportagem (abaixo), a maioria das mulheres afegãs se voltaram "contra os ocupantes [americanos] que alegavam as estar ajudando", por causa da "matança interminável de civis" durante os 20 anos de ocupação. Também no WPost.
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