Ao vivo por canais dos EUA, Joe Biden falou que Vladimir "Putin será um pária no palco internacional". Que "ao redor do mundo, da Ásia à América do Sul e Europa", a vasta maioria se opõe a Putin. Que ele, Biden, não iria "conversar com Putin".
Nas perguntas, uma foi sobre a busca de ajuda da China para "isolar a Rússia". Biden respondeu não estar "preparado para comentar". Outra foi sobre a Índia. Biden: "Estamos em consulta. Não resolvemos isso completamente".
Na China, Guancha, Global Times e agência Xinhua destacaram o telefonema entre os chanceleres chinês e russo, em que o primeiro voltou a defender soberania e a afirmar que compreende as "preocupações com segurança" de Putin.
Sua porta-voz foi mais direta, dizendo em coletiva que, "quando se trata de respeito por soberania, os EUA não estão em posição de repreender a China", citando a "interferência" sobre Xinjiang, Hong Kong e Taiwan e o bombardeio da embaixada em Belgrado. "A Otan ainda tem uma dívida de sangue com o povo chinês."
Na Índia, destaque por Dainik Jagran, Hindu e Times of India (acima), o primeiro-ministro Narendra Modi ligou para Putin. Falou que "todos os lados" deveriam "retornar ao caminho da diplomacia" e "reiterou sua convicção de longa data de que as diferenças entre a Rússia e a Otan só podem ser resolvidas por meio de um diálogo sincero".
Ao fundo, no canal NDTV, de Nova Délhi, o embaixador da Ucrânia se declarou "profundamente insatisfeito com a posição indiana".
Também o presidente francês Emmanuel Macron ligou para Putin, pediu o fim do conflito e, segundo os russos Argumenty i Fakty e Moskovskij Komsomolets, ouviu "explicação abrangente das razões e circunstâncias para a operação militar especial".
Também o presidente iraniano Ebrahim Raeisi ligou para Putin, mas para criticar a Otan, que vê na "raiz" da guerra, segundo os relatos da iraniana PressTV e da qatari Al Jazeera.
Quanto à América do Sul, o próprio New York Times ressaltou que Jair Bolsonaro "caminha sobre um fio tênue em sua resposta aos ataques". Que o México de AMLO rejeitou uso de força, "mas não nomeou a Rússia". E que a Argentina de Alberto Fernández, inesperadamente, "emitiu sua mais forte rejeição ao uso de força armada".
ONDA DE PETRÓLEO IRANIANO
Em meio à disparada nos preços de gás e petróleo, o francês Le Monde deu a chamada "O acordo nuclear com o Irã está prestes a ser salvo". Os EUA cederam, e só falta o governo iraniano confirmar.
A Bloomberg, reproduzida acima, com imagem de plataforma no Golfo Pérsico, projeta que uma "Onda de petróleo iraniano pode inundar a Ásia se acordo for alcançado".
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