Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Sem Trump, NYT se volta para as plataformas, agora com Wordle

Após aquisição do site The Athletic, jornal acrescenta o fenômeno recente de Twitter e indica que será para assinantes

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Como acontece há meses, um novo desafio do Wordle foi ao topo dos Assuntos do Momento do Twitter americano na manhã desta terça. Na descrição da plataforma, "Pessoas tentam adivinhar a palavra de cinco letras de hoje em seis tentativas ou menos no quebra-cabeças Wordle".

Mas desta vez apareceu um tópico paralelo, para a aquisição do Wordle pelo New York Times. O tuíte de referência é do perfil NYTimes Wordplay, para texto autocongratulatório salientando que, "em menos de seis meses, o Wordle passou de um presente para uma sensação viral e para ser parte oficial do portfólio do NYT".

Ilustração do próprio NYT para a aquisição do Wordle - Reprodução

Destaca elogio feito por John Wardle, que criou o jogo, "Há muito tempo admiro a abordagem do NYT quanto à qualidade de seus games". O jornal fala em "alguns milhões", mas no setor de tecnologia, como registrado por Kevin Fox, criador do Gmail, a estimativa é que Wardle recebeu "entre US$ 2-4 milhões!".

A reação imediata, na própria plataforma, foi de revolta com a perspectiva de que o Worldle será cobrado, mais à frente. Segundo o próprio NYT, "o jogo vai se manter gratuito, inicialmente".

O jornal americano vem fazendo aquisições de ativos proeminentes nas plataformas de busca e mídia social, casos também do The Athletic, site para fãs que se concentra em cobertura de clubes, com centenas de setoristas, e do Wirecutter, site de recomendação de produtos.

A estratégia se acentuou com o fim do "Trump bump​", como é chamada a disparada nas assinaturas e na audiência com os anos de campanha e governo do ex-presidente. A recuperação da receita, sob Donald Trump, sustenta as novas aquisições.

Ex-colunista de mídia do NYT, Ben Smith, ao sair para criar um site próprio, lançou críticas ao jornalismo americano que hoje trabalha "através das lentes de mídia social", servindo algoritmicamente ao menor denominador comum.

Entre jornalistas do próprio NYT, caso de Katherine Rosman, que cobre mídia e celebridades, em tuíte compartilhado por Smith, um risco é que a febre do Wordle vá "acabar em breve".

APARTHEID

Os principais jornais americanos evitaram levar à home page, mas no Google Trends o "top five" das buscas nos EUA incluiu um agregado dos tópicos Israel, Anistia Internacional, Palestinos e Apartheid.

O primeiro link destacado pela plataforma foi da rede NBC, "Anistia se junta a outros para acusar Israel de impor apartheid aos palestinos", seguido do Boston Globe, "Anistia se une a grupos de direitos humanos para acusar Israel de apartheid".

Por outro lado, também nos links do tópico, "Anistia acusa Israel de apartheid e, em troca, é rotulada como antissemita", na CNN, e "Raiva de Israel com alegações de apartheid da Anistia", no Financial Times.

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