Foi manchete de lado a lado na edição de domingo do New York Times (abaixo), "Animando aliados, Biden diz que Putin não pode permanecer no poder". Os aliados não se animaram.
Emmanuel Macron falou à emissora France 3, sobre o colega: "Não deveríamos estar numa escalada nem de palavras nem de ações. Nós, europeus, não estamos em guerra com o povo russo".
Josep Borrell, que atua como chanceler da União Europeia, disse ao Financial Times, em relação a Biden: "Na UE, nós não estamos atrás de mudança de regime".
E a chanceler do Reino Unido, Liz Truss, falou ao Telegraph que as "sanções podem ser retiradas" se a Rússia concordar em se manter "sem mais agressão".
A própria Casa Branca correu a desmentir Biden, dizendo ao site Axios, entre outros, que foi de improviso, "não estava no teleprompter".
BAIXA CONFIANÇA
Ao fundo, a NBC destacou em seu programa dominical Meet the Press que "sete em dez americanos expressam baixa confiança na capacidade de Biden de lidar" com a guerra, segundo pesquisa da rede.
Oito em dez se declaram preocupados com o aumento nos preços da gasolina provocado pela guerra.
Puxada pela avaliação na economia, a aprovação do presidente caiu para 40%, mesmo recorde de baixa da pesquisa Reuters/Ipsos, dias antes. Ambas sem o efeito de "união em torno da bandeira, com Biden", comum nas guerras.
Pela primeira vez "desde 2014", a NBC registrou maioria em favor de um Congresso controlado pelos republicanos. As eleições serão no início de novembro.
TRUMP & PUTIN
Com pouca cobertura nos EUA, Donald Trump fez um comício no sábado, no Estado da Geórgia, e voltou a chamar Vladimir Putin de "inteligente", como mostrou o canal Newsmax. Usou o adjetivo também para descrever Xi Jinping e o norte-coreano Kim Jong-un.
Do ex-presidente, no destaque do londrino Daily Mail: "O fracassado New York Times finalmente admitiu que o laptop de Hunter Biden era verdadeiro. Lembra quando eles disseram que era feito pela Rússia? Putin tem problemas maiores agora, mas deve ter pensado que nós estávamos loucos".
‘TOMAR OS MEMES DE PRODUÇÃO!’
Fechando a semana, Elon Musk, da Tesla, tuitou uma enquete (acima) que acabou confirmando seu questionamento do Twitter, por não respeitar "rigorosamente" a liberdade de expressão.
Anunciou então que está "pensando seriamente" em montar uma nova plataforma de mídia social, para "tomar os memes de produção!".
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