Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Brasil e outros já estão trocando dólar por yuan, nas reservas e no comércio

Chinesas têm usado a moeda para comprar minério de ferro, diz Caixin; FMI projeta corrosão da moeda americana, diz FT

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Reproduzida em veículos dos EUA e outros, a agência Reuters noticiou que o Banco Central do Brasil "mais do que quadruplicou as suas reservas em yuan no ano passado, à medida que reduzia as participações em dólar e em euro".

Segundo o brasileiro Valor, o BC não chegou a informar "o motivo de ter reduzido as aplicações em dólar", mas agora "há ainda maior incentivo ao yuan, depois que os EUA bloquearam as aplicações da Rússia em dólar".

No financeiro chinês Caixin (com a imagem acima) e no japonês Nikkei, "Siderúrgicas chinesas usam cada vez mais o yuan para comprar minério de ferro", tanto do Brasil como da Austrália, e estão se transformando em "uma grande força para a internacionalização da moeda chinesa".

Na mesma direção, no alto do nipo-britânico Financial Times, "Sanções à Rússia ameaçam corroer o domínio do dólar, afirma FMI". A instituição multilateral de Washington projeta "tendência lenta em direção a outras moedas" nas reservas cambiais, salientando a chinesa yuan, e "um sistema monetário internacional mais fragmentado".

O Fundo já havia afirmado uma semana antes à Foreign Policy, ecoando via Bloomberg, esperar "países reconsiderando o quanto detêm [de dólar] em suas reservas", após as sanções americanas.

ÍNDIA SOB PRESSÃO

No alto dos principais jornais indianos, como Dainik Jagran, em hindi, e Times of India, "EUA aumentam a pressão" sobre o governo do país, avisando que "comprar petróleo da Rússia vai afetar as relações indo-americanas".

Os "sermões" feitos pelos secretários de Estado e de Comércio, entre outras autoridades americanas, aconteceram "horas antes" da chegada a Nova Déli do chanceler russo, Serguei Lavrov, com propostas para facilitar e aumentar o comércio bilateral.

À VENDA, PARA CHINA OU ÍNDIA

A Bloomberg noticia que a petroleira britânica BP "entrou em contato" com gigantes chinesas (CNPC, Sinopec) e indianas (ONGC, Indian Oil), além de "estatais no Oriente Médio", para tentar vender seus ativos russos de energia. Ela projeta que a saída da Rússia, depois de décadas, leve a um prejuízo de US$ 25 bilhões.

ALARME ALEMÃO

Na manchete entre aspas do alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, com declaração do presidente da Basf, "Queremos destruir nossa economia?". Ele questiona a compra de gás dos EUA, pelo preço alto, argumentando que "é um fato que o gás russo tem sido a base da competitividade da nossa indústria".

O FAZ também destacou que o setor vê "centenas de milhares de empregos em risco", inclusive na Basf em Ludwigshafen, "a maior instalação química do mundo" (com a foto acima).

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