Enquanto a imagem da terça era a explosão da torre de Kiev, o presidente ucraniano surgia na CNN, sem texto pronto e em inglês entrecortado, num bunker da própria capital, "cansado e estressado", na descrição do canal de notícias.
"Existe alguma esperança, com o mundo assistindo, para a diplomacia?", perguntou o repórter Matthew Chance.
"Eu queria, eu realmente queria, e eu perguntei para eles: Antes de tudo, todo mundo tem que parar de lutar e ir para aquele ponto de onde começou, seis dias atrás", respondeu Volodymyr Zelenski.
Após algumas frases confusas, acrescentou que, "se o outro lado não está pronto, você está só perdendo tempo".
Voltou a cobrar então, de Joe Biden, maior presença militar no país. E terminou ouvindo uma pergunta sobre sua "transformação de ator cômico em líder em tempo de guerra, mundialmente famoso".
Zelenski pareceu não gostar: "Isso é muito sério, isso não é um filme. Eu não sou um ícone. A Ucrânia é um ícone".
'NOVO MACARTISMO'
Com o veto a artistas russos como o regente Valery Gergiev e os bailarinos do Bolshoi, por instituições de Nova York a Londres e Milão, a Bloomberg destacou artigo denunciando "o novo macartismo", a "caça às bruxas".
E o alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, cobrou o prefeito pela "expulsão" de Gergiev, "um ato triste".
CHINA NO MEIO
O portal Guancha, de Xangai, manchetou a conversa dos chanceleres chinês e ucraniano, citando a eventual "mediação" do conflito pela China. E a Caixin, de Pequim, informou ter ouvido do chinês TikTok que ele vai agora "reprimir desinformação sobre a guerra".
PLANO BRASIL
Em meio ao noticiário da guerra na Europa, o Financial Times publicou uma página comparando o Brasil do "império" PCC à "Colômbia dos anos 1990", pré-Plano Colômbia.
Citando Departamento de Justiça dos EUA, American University em Washington e um delegado da PF em Presidente Prudente (SP), fala que o PCC "começou a infiltrar o Estado brasileiro como os cartéis fizeram na Colômbia".
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