Vladimir Putin recebeu ligação do israelense Naftali Bennett e, de novo, falou com o francês Emmanuel Macron.
Mas o que concentrou atenção, em russos como Argumenty i Fakty (abaixo), foi o saudita Mohammed bin Salman (MBS), em ligação feita após outra, de Mohammed bin Zayed (MBZ), dos Emirados.
Na manchete do canal Al Arabiya, ligado a MBS, ele se ofereceu para Putin como mediador na guerra. Mais importante, falaram sobre como manter "equilíbrio e estabilidade" no mercado de petróleo.
No fim do dia, o Wall Street Journal chamou na home que o preço do barril, que de manhã havia atingido US$ 116 pela primeira vez desde a crise financeira de 2008, baixou para US$ 108.
O mesmo WSJ destacou que o esforço de Washington contra Moscou "vacila num Oriente Médio influenciado pela Rússia". Os "parceiros regionais rejeitaram os pedidos para se manifestar contra" Putin. Lista Arábia Saudita, Emirados, "até Israel".
O jornal financeiro e o New York Times publicam que o mesmo acontece na Ásia. Questionam frases recentes de Joe Biden sobre Putin, respectivamente como "isolado do mundo" e "pária internacional".
Ressaltam China e índia, que somam "um terço da população mundial", mais Indonésia, Tailândia, Filipinas. "Talvez Putin não se sinta tão isolado como pensam alguns", diz o WSJ.
MODI & PUTIN
Líder sob maior pressão de Biden, que na quinta convocou até cúpula virtual do grupo Quad, que inclui também Japão e Austrália, o indiano Narendra Modi não dá sinais de criticar a Rússia.
Na Bloomberg, "Índia planeja evitar condenar Putin, e autoridades em Nova Déli estão confiantes de que EUA não aplicarão pressão demais", referência à ameaça de sanções contra a própria Índia.
Reuters e agências indianas como PTI informam que o país prepara contas em rúpia, sua moeda, para manter o comércio com a Rússia, visando "suavizar o impacto das sanções" financeiras americanas. Entre os produtos que precisa importar, fertilizantes agrícolas.
AMÉRICA LATINA TAMBÉM
Além de Oriente Médio e Ásia, comenta Brian Winter, vice-presidente da organização Americas Society/Council of the Americas, "sim, na América Latina, estamos vendo reações muito ambíguas ou nuançadas, apesar da pressão de Washington".
DEPOIS DO BRASIL, A RÚSSIA
O procurador-geral, que chefia o Departamento de Justiça dos EUA, anunciou em vídeo (imagem acima) a força-tarefa "KleptoCapture", montada contra empresas russas.
Segundo o NYT, será comandada por Andrew Adams, da "unidade de crimes empresariais transnacionais", que descreve como tendo no currículo, por exemplo, o combate ao "esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo autoridades brasileiras".
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