Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Biden se tornou um problema eleitoral para os democratas

'O povo americano simplesmente perdeu a confiança nele', dizem marqueteiros, 'nós vamos ser massacrados'

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Na visita de Barack Obama à Casa Branca, nesta semana, a Fox News ressaltou a sua gafe ao chamar o atual de "vice-presidente" e depois tentar justificar que era "uma piada". A Fox explorou também o isolamento de Joe Biden, com as atenções voltadas ao ex-presidente.

Mas não foi só o canal pró-republicano. O mais pró-democrata dos apresentadores de talk show nos EUA, Stephen Colbert, da rede CBS, tripudiou, questionando se era piada ou se era para mostrar que não é só Biden que comete gafes sem parar.

A visita veio "num momento em que Biden está precisando de impulso", havia destacado o New York Times.

Mas Colbert, novamente, questionou essa descrição, perguntando, com sarcasmo: "Isso não é como tentar acender a chama com a sua mulher convidando o ex-namorado sensual para o jantar de aniversário dela?". A plateia no estúdio riu à solta.

Colbert foi além, para mais risadas: "E então, espero, eles trancaram as portas para manter [Obama na Casa Branca]. Só vai poder sair depois das eleições de meio de mandato".

Fora dos talk shows, os democratas não estão rindo. Em extensa reportagem do site The Hill, de Washington, os marqueteiros do partido se mostraram "cada vez mais preocupados" com a queda de Biden, a sete meses da renovação do Congresso.

"Nós vamos ser massacrados", falou um. "Você tem uma crise de energia paralisante, a maior inflação em 40 anos, e estamos entrando em recessão", acrescentou outro. "O povo americano simplesmente perdeu a confiança nele."

Na própria Fox News, um marqueteiro do ex-presidente democrata Bill Clinton, Mark Penn, descreveu:

"O presidente perdeu o seu principal atributo, que sempre foi gostarem dele. Ele tinha essa imagem de um simpático ‘tio Joe’. Mas ela foi substituída por uma figura severa e raivosa, que agora gera esses números. As pesquisas todas concordam. O tempo está se esgotando."

A guerra na Ucrânia não deu o "impulso" esperado ao presidente e é improvável que o faça até a votação, segundo um executivo do instituto Gallup, por causa do "alto grau de polarização no eleitorado" —de resto mais preocupado com o preço da gasolina.

MICROSOFT SE DOBRA

No NYT, "No Brasil, empresas procuravam trabalhadores negros. Aí o LinkedIn se envolveu". A plataforma derrubou os anúncios, mas ativistas "lutaram" e fizeram a empresa americana, parte da Microsoft, "mudar sua política global".

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