Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Elon Musk vê ações 'inquietantes', acuado por governo e jornais

Casa Branca cria conselho contra 'desinformação'; empresário vê democratas 'sequestrados por extremistas'

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Na chamada do New York Post, "Escolhida da Casa Branca para chefiar conselho Big Brother espalhou mentira sobre laptop de Hunter Biden".

O governo democrata criou um conselho contra "desinformação" a ser comandado por uma consultora que em 2020 havia questionado, em tuítes e entrevistas, a notícia sobre os emails do filho de Joe Biden, publicada pelo mesmo NY Post.

Uma consultora que duas semanas antes, na rede de rádio NPR, declarou sobre Elon Musk: "Estremeço ao pensar em absolutistas da liberdade de expressão assumindo plataformas".

O conselho governamental foi formado logo depois da compra do Twitter por Musk, lembrou um usuário da plataforma, levando o próprio empresário a comentar a ação como desconfortável ou inquietante (discomforting).

Ela vem junto com uma série de questionamentos da aquisição por Washington Post, New York Times e outros, baseados em parte nas manifestações da equipe atual do Twitter.

Musk chegou a ironizar que o WPost atira nele "implacavelmente" e "os insultos podiam ser de maior qualidade", dando ao jornal de Jeff Bezos uma avaliação de "três estrelas no Yelp".

Mas está difícil até para ele manter o humor. Num tuíte, criticou a executiva tida como responsável por derrubar o NY Post em 2020, quando a plataforma ajudou a desaparecer com a notícia dos emails.

"Suspender a conta do Twitter de uma grande organização jornalística, por publicar uma matéria verdadeira, foi obviamente incrivelmente inapropriado", escreveu o empresário, sobre sua nova empresa.

PARTIDO SEQUESTRADO

Na tarde de quinta (28), Musk tuitou uma imagem (acima) para argumentar que não foi ele quem mudou de posição. Indica que estava na centro-esquerda, mas a esquerda "woke" puxou o centro da balança —e, sem sair do lugar, ele passou à centro-direita.

À noite, deixou ainda mais clara sua postura: "Eu apoiei fortemente Obama para presidente, mas o Partido Democrata de hoje foi sequestrado por extremistas".

ESTAGFLAÇÃO?

Em manchetes americanas, o PIB "encolheu 1,4%" no trimestre, mas isso "mascara uma recuperação mais ampla", na chamada do NYT.

Já a CNN, que sob nova direção vem tateando cobertura mais apartidária, destacou: "Hoje é um dia desastroso para as chances dos democratas em 2022".

E o Wall Street Journal alerta para os "Rumores de estagflação no primeiro trimestre", com a "combinação de baixo crescimento e alta nos preços". Anota que "a contração pegou de surpresa quase todos os economistas de Wall Street, cujo consenso era de crescimento de 1%".

ÍNDIA VS. CHINA, PELA RÚSSIA

Em meio aos gastos bilionários de Biden contra a Rússia, a agência Reuters noticia que o governo da Índia convocou as suas maiores companhias de petróleo "para considerarem comprar ativos russos" hoje com Exxon, Shell e outras —e que as chinesas também querem.

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