Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Descrição de chapéu toda mídia

Bolsonaro consegue navios com fertilizantes e se oferece para voltar a Moscou

Brasileiro propõe a chanceler turco reunir outros 'importantes líderes' para se encontrarem com Putin, em busca da paz

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​Ecoando por russos como Lenta, jornais turcos como Vatan noticiaram coletiva de seu ministro do exterior, retornando de viagem ao Brasil. Segundo ele, "Bolsonaro disse que está pronto para organizar uma visita conjunta a Moscou com alguns importantes líderes de países, se o presidente Erdogan achar proveitoso".

O chanceler turco teria ouvido do presidente brasileiro: "Nós gostaríamos de contribuir com seus esforços". A Turquia vem reunindo russos e ucranianos, buscando acordo de paz. "Nós dissemos que voltaríamos a falar com eles", acrescentou o chanceler.

Segundo a Agência Brasil, Bolsonaro falou a agricultores em Uberaba (MG) que "mais de 30 navios com fertilizantes estão a caminho da Rússia para o Brasil, resultado da viagem" que fez em fevereiro a Moscou. "Nossa agricultura não para", teria dito.

O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo fala à TV chinesa sobre a posição do Brasil em relação à Rússia - Reprodução

A chinesa CCTV produziu reportagem sobre a posição de Bolsonaro, de virtual apoio à Rússia, apesar da "pressão dos EUA". Ouve de Zhou Zhiwei, do Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que "as razões da atitude são complexas e realistas".

Sublinha a importação de fertilizantes e as relações pouco "estáveis" com Washington e a União Europeia nos últimos três anos. Afastar-se da tradição diplomática brasileira de multilateralismo teria impacto negativo em sua reeleição, acrescenta Zhou.

A TV ouviu do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo que "EUA e Otan ignoraram as preocupações de segurança da Rússia e avançaram para a atual situação caótica". Que "o Brasil continuará mantendo elação de respeito e cooperação com os EUA, mas não é relação exclusiva".

PARA AUDIÊNCIA AMERICANA, GUERRA ACABOU

Sites como Mediaite, com a imagem acima, destacam que, "conforme o interesse na Ucrânia diminui" nos EUA, a Fox News colocou 12 programas no topo da lista de audiência em abril, enquanto a CNN, concentrada na guerra, sofria "o declínio mais dramático".

O 13º programa em audiência no jornalismo a cabo foi de Rachel Maddow, de volta ao horário nobre da MSNBC. O primeiro programa da CNN, com Anderson Cooper, só aparece na 23ª posição.

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