Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Cresce alarme de que EUA estão indo da inflação para a recessão

De Elon Musk ao Goldman Sachs, soam alertas sobre redução na atividade, após disparada nos preços

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No final da semana passada, Newsweek, Vox e outros avisaram que a tentativa de Biden de vender a inflação americana como "o aumento de preços de Putin" não estava funcionando, nas pesquisas.

O presidente americano, em seus perfis de mídia social, ofereceu um vilão alternativo: "Você quer baixar a inflação? Vamos garantir que as corporações mais ricas paguem a sua parte".

Foi demais para Jeff Bezos, dono da Amazon e do Washington Post, que ironizou que o governo Biden precisaria acionar seu recém-criado —e criticado— Conselho de Desinformação para revisar a mensagem.

Bezos: "É válido discutir impostos corporativos. É fundamental discutir como domar a inflação. Misturá-los é só para desviar". Lembrou o estímulo do governo como causa da disparada dos preços.

Na CBS, os aumentos de preços nos EUA, em quadro durante entrevista com banqueiro do Goldman Sachs - Reprodução

Numa conferência reportada pela Bloomberg, Elon Musk, da Tesla, concordou: "A razão honesta para a inflação é que o governo imprimiu um zilhão de dinheiro a mais". Como efeito, ele projeta "recessão".

"Provavelmente vai ser difícil por, não sei, um ano, talvez 18 meses", disse Musk, acrescentando que "este governo não parece fazer muita coisa", insinuando votar num republicano na próxima eleição.

Ele ecoava uma entrevista da CBS com o presidente sênior do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, em que o banqueiro apontou risco "muito, muito alto" de recessão na economia americana. "Nós com certeza estamos caminhando [para ela]."

Também ele culpou "estímulo demais" pela inflação que está abrindo caminho para a recessão.

DINHEIRO, SÓ NO PENTÁGONO

O editor de Estados Unidos no Financial Times, Edward Luce, escreveu sobre o "forte desequilíbrio" na política externa americana para a Ásia, concentrada em gastos e acordos militares contra a China, mas sem "iniciativas econômicas sérias".

Foi assim que, "na cúpula com os líderes do Sudeste Asiático, Biden anunciou um fundo modesto de US$ 150 milhões, que equivalem a alguns dias de investimento chinês na Iniciativa do Cinturão e Rota —ou duas horas de gastos do Pentágono".

VISÃO GLOBAL

A revista americana Billboard, com capa e seguidas manchetes digitais, se voltou na última semana para a "Visão Global de Anitta", sua "tomada trilíngue" do mundo.

Já a inglesa The Economist, citando enquetes de jornalistas brasileiros, especula "por que" tantos discos e canções que saíram em 1972 ainda são tratados como os melhores.

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