Para além dos rachas na União Europeia e na Otan em relação à guerra, encabeçados por Hungria e Turquia, o italiano Corriere della Sera publica que o Reino Unido propôs e vem negociando, caso a UE não aceite a Ucrânia, "uma commonwealth europeia que teria o Reino Unido como líder e abrangeria Ucrânia, Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia", entre outros.
Não por coincidência, manchete de domingo no Financial Times, "Países bálticos atacam conversas franco-alemãs com Rússia".
Na mesma direção, o inglês The Observer, edição dominical do Guardian, já publicara que "Johnson está usando crise na Ucrânia para lançar retorno britânico na Europa". Para tanto, recorre à Força Expedicionária Conjunta, grupo desvinculado da UE e que reúne os países citados, mais os nórdicos. É "liderado pelo Reino Unido".
Em suma, Londres "corteja os flancos leste e norte da Europa, competindo com a França e a Alemanha por poder e influência".
EXPLORAÇÃO
Tabloides ingleses como Daily Mail e Mirror já haviam explorado que sites pornográficos estavam "encorajando homens a viver 'fantasias inspiradas na guerra' pagando por sexo com mulheres ucranianas que fugiram da guerra".
E agora jornais japoneses noticiam que seu governo "adverte refugiados da Ucrânia contra trabalho em estabelecimentos de entretenimento adulto", dizendo que "houve casos".
EUA VS. ONU
A viagem de uma semana à China da comissária de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, não terminou bem, para a imprensa americana.
No alto do Washington Post, "Como a ONU se tornou uma ferramenta de propaganda da China". Para o New York Times, ela "ofereceu críticas limitadas" a Pequim, mostrando como "a crescente influência global da China se traduz em crescente influência dentro da ONU".
O NYT cobrou de Bachelet que "uma de suas respostas mais longas, na coletiva de 45 minutos, foi a uma pergunta da TV estatal chinesa" sobre a chacina de crianças no Texas, nos EUA.
Já o Wall Street Journal cobrou que, "durante a coletiva de 45 minutos, o moderador da ONU chamou duas vezes para fazer perguntas um repórter do jornal Nanfang, de Guangzhou, ignorando dezenas de outros jornalistas que sinalizaram interesse em fazer perguntas".
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