"Bolsas globais sobem", destacou o Wall Street Journal, abrindo a semana. As ações foram "impulsionadas" pela confirmação do fim do lockdown na China, seguida de estímulos como menos impostos para empresas e mais subsídios para carros elétricos.
O movimento havia começado na semana passada, quando os gigantes Alibaba e Baidu anunciaram resultados do primeiro trimestre, "superando estimativas", de acordo com o Financial Times, e levando a primeira a saltar 14% em Wall Street e 12% em Hong Kong.
De forma geral, ressaltou o WSJ, "Ações chineses de tecnologia disparam". Para além das bolsas, acrescentou depois, já com dados de maio, a própria "desaceleração chinesa dá sinais de abrandar". Foi esse retorno da China que levou o petróleo a "passar de US$ 120".
Ato contínuo, na manchete do principal veículo financeiro de Pequim, Caixin, "Exclusivo: Qualcomm planeja estar na China para o longo prazo" (acima, na versão em inglês). Do presidente e CEO da gigante americana de semicondutores, o brasileiro Cristiano Amon, em Davos:
"Parcerias fortes e de longo prazo entre empresas americanas e chinesas sempre serão uma força estabilizadora na relação entre os dois países."
MUSK & CHINA
Elon Musk já havia atravessado maio em elogios ao país, desde o início da retomada de Xangai, que começou pela fábrica da Tesla. Citou que a economia será duas ou três vezes maior que a americana; que o WeChat é modelo para o Twitter; e por fim, em sua conta no Weibo:
"Poucos percebem que a China lidera o mundo em energia renovável e veículos elétricos. O que quer que você pense da China, é um fato."
O portal Guancha, de Xangai, ressaltou um conselho aos concorrentes chineses da Tesla: "Não se deixem enganar por Musk", que se move pelo "enorme mercado chinês". Montadoras como Xiaopeng e BYD precisam avançar muito ainda "no campo extremamente crítico dos chips automotivos".
'STILL TOP GUN?'
Sobre "Top Gun: Maverick", o FT destacou os quadros acima, comparando as forças navais chinesa e americana no ano do primeiro filme e agora, para ilustrar o que considera a marca da nova produção: "reflete a ansiedade com declínio dos EUA diante do poderio militar de alta tecnologia da China", a começar do "protagonista envelhecido".
O WSJ foi por caminho parecido, ao destacar que a chinesa Tencent deixou a produção, mas o filme "se esforça para evitar política e narrativas que alienem audiências globais, enviando Tom Cruise em missão num país não identificado".
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