Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Cobertura chinesa se volta toda para os 25 anos em Hong Kong

Xi Jinping chega em trem de alta velocidade e vê cidade 'ressurgida das cinzas'; rede Sina Weibo destaca tópico 'Abençoe Hong Kong, abençoe a pátria'

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No tópico mais popular na rede Sina Weibo, a hashtag "Abençoe Hong Kong, abençoe a pátria" foi acompanhada da explicação, tirada de uma postagem da estatal CCTV:

"Há 25 anos, após um século de altos e baixos, Hong Kong voltou ao abraço da pátria. Ao longo dos últimos 25 anos, a Pérola do Oriente se tornou cada vez mais deslumbrante."

No privado South China Morning Post, que é de Hong Kong, o tom não foi muito diferente, a começar da manchete "'Ressurgida das cinzas': Xi saúda a resiliência de Hong Kong".

Noutras chamadas de festa, "Xi vê Hong Kong como o centro internacional da China em inovação e tecnologia", "Coronavírus em Hong Kong está mudando de pandemia para endemia" e até "Os 12 filmes que definiram o cinema de Hong Kong nos 25 anos".

Imagem de vídeo no Zaobao, jornal de Cingapura, com a chegada de Xi Jinping a Hong Kong - Reprodução

O Nanfang Zhoumo, tido como mais independente dos veículos ligados ao PC, manchetou "A vida na área da baía de Hong Kong", a mesma onde fica Guangzhou, sede do jornal.

Ouviu de pessoas comuns declarações como: "Falo mandarim fora de casa, cantonês em casa e dialeto Chaoshan com a família. Gosto muito. Acho que sou um microcosmo do povo de Hong Kong".

O portal privado Guancha, de Xangai, destacou um vídeo de Hu Xijin, ex-editor do Global Times e ainda uma referência do jornalismo mais nacionalista, dizendo que "a singularidade de Hong Kong não pode ser substituída por cidades da China continental".

Acrescentou que cidades como Cingapura, outro eixo comercial de maioria chinesa, também "não devem se preocupar" com a concorrência.

De todo modo, os 25 anos foram também destaque em jornais de Cingapura, como o Zaobao, com manchete para o vídeo de Xi chegando a Hong Kong, num trem de alta velocidade (imagem acima), e discursando sobre o "renascimento da cidade".

'PORCOS'

Dias antes dos 25 anos da recuperação de Hong Kong pela China, a britânica The Economist comparou, em artigo e mídia social (acima), o consumo de grãos por porcos e chineses.

Dizendo ter sido "contatada por leitores chineses, que se opõem à comparação", mudou o texto e derrubou postagens, causando reação de outros britânicos, como The Times —com foto de chiqueiro e o título "The Economist se desculpa por comparar chineses a porcos".

'ELES NÃO SE IMPORTAM'

O South China Morning Post também destacou que autoridades da União Europeia não vêm conseguindo resposta da China, para retomar negociações comerciais, após cúpula "desastrosa" há três meses.

E há seis meses Pequim está sem enviar um embaixador para a UE, o que vem sendo entendido como uma mensagem ao bloco, de que vai priorizar agora as conversas por país.

"Basicamente, eles não se importam", diz um dirigente europeu.

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