Em meio à ampla cobertura anglo-americana, que mobiliza os correspondentes no país, o Washington Post noticia nesta tarde de terça (7) que "Esperanças esmorecem e raiva cresce pelo desaparecimento de jornalista britânico no Brasil" (abaixo), em referência a Dom Phillips.
E a agência Reuters despacha que "Polícia brasileira abre investigação criminal em meio a busca por jornalista britânico".
O WPost ouve, do advogado da organização indígena que soltou o primeiro alerta sobre Philips e o indigenista Bruno Pereira: "Eles certamente sofreram um ataque. Bruno é extremamente responsável e experiente. Ele não se perderia assim por aí".
Ouve também o indigenista Orlando Possuelo, que aguardava Pereira no dia e relata que, antes de desaparecerem, os dois encontraram pescadores ilegais, que "brandiram uma arma" e dos quais "Bruno tirou uma foto". Segundo indígenas no local, "um barco dos pescadores foi visto seguindo por onde o barco de Bruno passou". Possuelo: "A partir daí eu não tive nenhuma esperança".
Do correspondente Terrence McCoy, do WPost, em mídia social: "Estou arrasado por informar que há cada vez mais razões para acreditar no pior, e que eles foram atacados e desapareceram na floresta".
O desaparecimento recebe atenção também nas páginas iniciais de New York Times e Wall Street Journal e na Associated Press.
Nos veículos britânicos, sobretudo The Guardian, para o qual Philips colaborava, a foco é concentrado no jornalista, inclusive com os apelos de sua mulher e de sua irmã.
O desaparecimento é noticiado por BBC, Telegraph, Independent. A atenção ao indigenista brasileiro é menor, com Pereira sendo descrito como "guia" de Philips pelo canal Sky News e no próprio Guardian.
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