Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Alemanha cede e gás russo deve voltar; Japão também

Berlim e Tóquio se movimentam para contornar as próprias sanções e garantir importação de energia da Rússia

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Em manchete no alemão Süddeutsche Zeitung, "Como Putin gosta". No novo pacote de sanções, "ninguém mais fala em abrir mão do gás russo, pelo contrário, a questão é: como a Europa vai sobreviver?". Garantindo o retorno do gás russo, que está suspenso.

O financeiro russo Kommersant noticiou então (com a ilustração abaixo) que a turbina do gasoduto Nord Stream 1, que estava presa pelas sanções no Canadá, "foi enviada para a Alemanha por avião, não pelo mar, o que deve acelerar a chegada", seguindo de lá para a Rússia. Isso porque o novo pacote "não contém a proibição de turbinas".

Ato contínuo, a agência Reuters informou e o financeiro alemão Handelsblatt confirmou que "o gás russo deve fluir pelo Nord Stream 1 de novo", dentro do cronograma, depois de encerrada a manutenção do gasoduto.

Paralelamente, o financeiro Nikkei noticiou que o governo japonês disse para os grupos Mitsui e Mitsubishi "manterem suas participações no Sakhalin-2", projeto de gás da Rússia, mesmo que isso "ameace a unidade nas sanções" dos países ricos a Moscou.

Duas semanas antes, um decreto do governo russo havia determinado a consolidação do projeto numa nova estatal, com as estrangeiras participantes podendo continuar sob novos termos. "O governo japonês quer, pelo abastecimento energético do país."

PELOSI E O ABISMO

No Financial Times, "Nancy Pelosi visitará Taiwan no próximo mês", antes das eleições para o Congresso nos EUA.

O Global Times, ligado ao PC chinês, citando o porta-voz da chancelaria, Zhao Lijian, manchetou então que a presidente da Câmara "poderia detonar uma crise no estreito" e levar as relações dos dois países "a cair num abismo". O jornalista Hu Xijin explicitou, em mídia social, que ela poderia "desencadear um conflito militar".

KISSINGER ADVERTE

Na manchete do site da Bloomberg, "Henry Kissinger adverte Joe Biden contra confrontação sem fim com a China". O ex-secretário de Estado cobrou "flexibilidade nixoniana" para desarmar os conflitos EUA-China e União Europeia-Rússia.

Vê Biden "muito influenciado pelos aspectos internos [da política americana] na visão da China". E diz que líderes europeus como o alemão Olaf Scholz "perderam o senso de direção".

FERRO

Em manchete "exclusiva" da Caixin, com a imagem acima, a China estabeleceu uma nova "gigante estatal de minério de ferro", de 20 bilhões de yuans (US$ 3 bilhões), para "empunhar uma vara maior ao lidar com exportadores da Austrália e do Brasil". Em 2021, o país respondeu por 70% das compras do minério no mundo.

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