Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Cobrado a liderar a América Latina, AMLO exalta Lula

Presidente mexicano diz que não deve 'falar mais porque haverá eleições, mas ele é uma bênção para aquele povo irmão'

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O líder da esquerda francesa, Jean-Luc Mélenchon, visitou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e elogiou sua postura independente em reunião recente na Casa Branca. Mas lamentou que AMLO relute em se assumir como líder da América Latina.

"Ele não está interessado em ocupar a liderança, eu gostaria que estivesse", disse Mélenchon a mexicanos como Proceso. "É o país mais importante, com sua posição particular, de fronteira com o império, desculpe-me, com os EUA."

AMLO, em coletiva posterior, comentou que "há líderes muito bons na América Latina, personagens que vejo com muito respeito", listando o argentino Alberto Fernández, o boliviano Luis Arce e o colombiano Gustavo Petro, até acrescentar "um grande dirigente", Lula.

"Um homem extraordinário, fraterno, como líder, é admirável", falou AMLO, no destaque da agência espanhola EFE (abaixo): "Não devo falar mais porque haverá eleições, mas é uma alternativa, uma bênção para aquele país e aquele povo irmão".

TIROS CONTRA A DEMOCRACIA

Por outro lado, o fim de semana trouxe extensos relatos hispano-americanos da "violência política da extrema direita vinculada a Jair Bolsonaro" —descrição do espanhol La Vanguardia, sob o título "Tiros contra a democracia".

"Com cada vez mais crimes de ódio, acenos à ação direta pelo palácio e ameaças de intervenção militar, as eleições começam a lembrar os anos anteriores ao golpe de 1964", publica o jornal de Barcelona.

O chileno La Tercera e o argentino La Nación destacam levantamento da Universidade Federal do Rio, mostrando um salto de 23% nos casos de violência contra líderes políticos.

No enunciado do jornal de Santiago, "Estudo alerta para aumento da violência política no Brasil antes das eleições". Segundo o diário de Buenos Aires, "o assassinato de Marcelo Arruda, militante do PT, comoveu o Brasil e se converteu num dos acontecimentos mais graves na trajetória crescente de violência política".

Na mesma direção, ecoou em portais chineses como Baijiahao, do Baidu, a notícia de que o "Brasil abre um novo clube de tiro quase todos os dias sob Bolsonaro", do UOL. Antes concentrados nas grandes cidades, "agora penetraram o interior do país".

MÍSSIL DO BRASIL

Em chineses como Huanqiu (acima), versão em mandarim do Global Times, com base em relato da CCTV, "Brasil testa com sucesso seu míssil autodesenvolvido". Citando o Exército, que o desenvolve, anota que o alcance poderia chegar a 300 quilômetros.

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