Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

'Maré da guerra mudou', mas Biden não cede, com ou sem inflação

Rússia está mais perto de 'conquistar toda Donbas', mas EUA falam em resistir 'pelo tempo que for necessário'

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No despacho da agência russa Tass, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, "informou ao presidente Vladimir Putin sobre a libertação da República Popular de Luhanski".

No alto do New York Times, "Captura de Lisitchansk dá à Rússia uma vitória na tentativa de conquistar toda a região de Donbas". Avalia, também com destaque, que "é um grande prêmio para Putin":

Também no alto do Wall Street Journal, a tomada da cidade "efetivamente coloca sob controle russo a região oriental, mostrando como a maré da guerra mudou".

Entrevistado pela televisão Rossiya 1, o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, comentou que os países ocidentais, "liderados por Washington, não permitem que os ucranianos pensem ou conversem ou discutam paz".

Na última quinta, questionado em coletiva pelo NYT "por quanto tempo os americanos terão que pagar a mais" pela guerra, no preço dos combustíveis, Joe Biden respondeu: "Pelo tempo que for necessário".

E seu assessor econômico, Brian Deese, após uma reprodução da fala, respondeu à mesma pergunta na CNN: "O que você ouviu do presidente hoje foi uma articulação clara do que está em jogo. Trata-se do futuro da ordem liberal no mundo, e temos que nos manter firmes".

LONDRES VS. BERLIM

No Financial Times, no meio da semana, "Reino Unido planeja cortar gasodutos para a União Europeia se a crise do gás se intensificar".

E no Observer, edição dominical do Guardian, a ministra alemã do exterior assinou artigo atacando o Reino Unido por minar a "ordem internacional baseada em regras" com a anunciada revisão de seu acordo com a UE sobre a Irlanda do Norte.

O QUE FAZER?

O portal Guancha, que herdou do Global Times o papel de porta-voz mais nacionalista no país, publicou uma série de artigos de acadêmicos de universidades como Fudan, debatendo "como reagir" às evidências de que EUA e Otan "continuam visando a China".

Registra alertas como "conflito russo-ucraniano mostra que ter armas nucleares não impede a guerra", "soberania absoluta é a única maneira de se defender contra revoluções coloridas" e "EUA e o Ocidente caminham para a ingovernabilidade".

'MENSTRUADORES'

O fim do direito constitucional ao aborto nos EUA fez voltarem as críticas à capa da Lancet, meses atrás, que citava "corpos com vaginas" (acima) em vez de "mulheres".

No rastro da revista científica, entidades e órgãos americanos e britânicos continuaram a adotar expressões consideradas mais inclusivas, como "menstruadores", levando a críticas pesadas no NYT e na revista feminista Ms. —esta sublinhando que o argumento na Suprema Corte foi semelhante, de que a Constituição não discrimina homens e mulheres, mas "pessoas grávidas e não-grávidas".

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