Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

WSJ vai à Amazônia ver a 'festa de despedida para Bolsonaro, incendiando'

'Derrota de Lula seria desastre para democracia e o planeta', afirma The Guardian; investidor Mark Mobius vai apostar mais no país se Lula vencer e Bolsonaro aceitar, noticia Bloomberg

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Entrando com maior atenção na cobertura da reta final da campanha no Brasil, o Wall Street Journal enviou sua correspondente Samantha Pearson a Pirapitinga, subúrbio de Porto Velho, em Rondônia, para a extensa reportagem "Destruição da Amazônia dispara antes das eleições presidenciais" (abaixo).

"Aqui o Sol agora desaparece assim que nasce, envolto por fumaça alaranjada de incêndios florestais", descreve, citando, de entrevistado: "É como uma festa de despedida para Bolsonaro... Estão com medo que ele perca, então estão destruindo tudo, incendiando a floresta".

NÃO É APENAS POR LULA

O investidor Mark Mobius, falando à Bloomberg, afirmou que "vai comprar ativos do Brasil se Lula vencer em transição pacífica". Como anota a reportagem, "é o segundo ponto que é a grande dúvida". Na declaração completa de Mobius:

"Se a eleição correr bem e Lula entrar, então provavelmente vamos tentar ampliar algumas de nossas participações. Não é apenas por Lula, mas por haver uma transição estável e isso será uma boa notícia."

E o canal financeiro CNBC destaca que a "Campanha polarizada vê o ex-líder Lula à beira de um retorno notável". Acrescenta porém que "Bolsonaro está semeando dúvidas sobre a validade do sistema de votação, aumentando temores de que se recuse a aceitar derrota".

DERROTA DE LULA SERIA UM DESASTRE

A Economist abriu a fila de editoriais anglo-americanos contra a reeleição de Bolsonaro. No londrino The Guardian, agora, "Não importam os eleitores, Bolsonaro planeja vencer". Logo abaixo, "Dificilmente poderia ser maior o que está em jogo. A derrota de Lula seria um desastre para a democracia e o planeta".

Fechando o texto, "Uma vitória clara e definitiva de Lula, idealmente no primeiro turno, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta. Outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear".

Nos EUA, curiosamente, um primeiro alerta em editorial foi lançado pelo conservador Pittsburgh Post-Gazette, da Pensilvânia:

"Os americanos deveriam se preocupar com as políticas de Bolsonaro e suas implicações para a democracia no sexto país mais populoso do mundo. Ele aspira a ser um autocrata. Levantou dúvidas se aceitaria os resultados das eleições. Os americanos já experimentaram as terríveis consequências de tais crenças, e os brasileiros devem rejeitar o homem que as defende. Sua democracia está em jogo."

LULA LÁ, UMA VEZ MAIS

Jornais europeus como El País e Le Monde (acima) passam a cobrir as campanhas em detalhe. No espanhol, "A acirrada batalha eleitoral nas redes sociais do Brasil: de vídeos fofos a falsidades e memes".

No francês, "Lula e Bolsonaro almejam a vitória cantando", sobre os jingles, inclusive entrevista com Hilton Accioli, "compositor de um dos maiores sucessos da música brasileira, 'Sans avoir peur d’être heureux' (Sem Medo de Ser Feliz), mais conhecido pelo refrão 'Lula lá', hino dos apoiadores do líder há três décadas, interpretado por nada menos que Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan, Gal Costa…".

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