Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Portais chineses espalham apoio de Lula ao 'pacificador' Xi

Guancha, 163 e QQ destacam crítica do brasileiro aos EUA, que 'não falam de paz'; Global Times vê 'ira' americana com visita

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Noite de quarta na China, manhã no Brasil, Xi Jinping já havia se despedido de Vladimir Putin, mas a manchete no portal Guancha era uma frase de Lula, com foto, "Um pacificador como a China deve ser encontrado agora, porque os EUA não falam de paz" (abaixo).

Reprodução/Guancha

Foi o portal do investidor Eric Li, de Xangai, que entrevistou o então presidenciável brasileiro quando ele abriu sua campanha há um ano e meio. E agora destaca trechos de Lula na TV 247, por exemplo, saudando a "boa notícia" da cúpula sino-russa.

Os portais chineses 163, da NetEase, e QQ, da Tencent, produziram relatos semelhantes, com títulos extensos como "Às vésperas de sua visita à China, o presidente do Brasil criticou os Estados Unidos por não falarem em paz e apoiou a participação da China na mediação do conflito entre Rússia e Ucrânia".

O Guancha substituiu o Global Times no fervor nacionalista, mas o jornal em inglês de Pequim, ligado ao PC, voltou a ter os seus momentos. Um deles acaba de ser publicado, sob o título "Visita de Lula vai fortalecer os laços entre China e Brasil, apesar do descrédito do Ocidente". No texto:

"O forte interesse e o vasto potencial para maior cooperação China-Brasil evidentemente atraíram a ira de alguns nos EUA, com mentalidade hegemônica. Desnecessário dizer que tais tentativas não mudarão a tendência de crescente cooperação. É imperativo que os dois países ignorem os ruídos e se concentrem em aproveitar suas complementaridades, para aumentar a cooperação e a competitividade econômica. A paz e o desenvolvimento prevalecerão."

UCRÂNIA E FRANÇA TAMBÉM

Ao fundo, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski voltou a indicar que quer Xi Jinping nas eventuais conversas de paz, durante entrevista coletiva em Kiev noticiada pela ucraniana Gazeta e, no Ocidente, pela agência de notícias francesa AFP.

No relato da estatal francesa RFI, foi logo após Xi dizer em Moscou que Pequim é "guiada pelos princípios das Nações Unidas" ao buscar "um acordo de paz para a luta na Ucrânia". Zelenski falou na coletiva, sobre um esperado telefonema do líder chinês, que vem "recebendo alguns sinais, mas nada específico ainda".

Segundo a RFI, "a França instou a China a usar seu relacionamento com a Rússia para intermediar um acordo entre Vladimir Putin e Zelenski para acabar com a guerra".

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