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painel

 

09/08/2012 - 03h00

Declaração de ministro sobre mensalão foi iniciativa própria

Telefone sem fio A declaração de Gilberto Carvalho sobre o mensalão, dissonante do pedido de silêncio de Dilma Rousseff aos ministros sobre o caso, foi de iniciativa própria, segundo interlocutores do Planalto, e teve como objetivo acalmar José Dirceu. No final de semana, o ex-titular da Casa Civil reclamou com Lula e Carvalho de que circulava versão segundo a qual Dilma estaria torcendo por sua condenação. Ambos procuraram tranquilizar o aliado, mas levaram a queixa à presidente.

Quem? Dilma, que não tem acompanhado as jornadas do STF, pede informações específicas a assessores. "Quem o Márcio defende mesmo?", perguntou, no inicio da semana, sobre a participação do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos no caso.

Turva Entre as agruras dos ministros com as horas de sessão uma das mais comuns é a queixa de ardume nos olhos pelo longo tempo diante da tela do computador, agravado pela seca de Brasília. Ricardo Lewandowski usa lágrima artificial, receitada por oftalmologista.

Sedentário Já o atlético Luiz Fux se ressente de não poder fazer a corrida matinal pelas quadras do Lago Sul, onde mora. Assessores recomendaram que suspendesse a rotina para evitar abordagens sobre o mensalão.

Rito de passagem Petistas opinam que José Antônio Dias Toffoli não terá como pedir a condenação dos expoentes do partido, nem para demonstrar independência. "Ele veio daqui, não tem como romper assim com sua história. Fará isso desta vez e depois se sentirá liberado de qualquer compromisso", diz um insider do partido.

Suprapartidário Em conversa com o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), José Dirceu se mostrou "sereno" com a nova fase do julgamento, na qual o espaço é voltado à defesa dos réus. "Todo mundo liga para o Zé. Até a oposição", disse.

Piquete Dilma falou cobras e lagartos para Lula sobre a CUT, que considera responsável pela greve generalizada do funcionalismo. E recusou conselhos para receber os grevistas. Nem os ministros palacianos estão autorizados a negociar.

E aí? José Eduardo Cardozo será cobrado pela presidente caso os delegados da PF decidam aderir à paralisação. O ministro da Justiça afiançou a ela que essa hipótese estaria descartada.

O cara Enquanto a greve corrói o humor presidencial, quem segue marcando pontos no "dilmômetro" é Luís Inácio Adams. Além de ter achado a justificativa legal para substituir grevistas por servidores estaduais em setores como portos e a Anvisa, ontem ele obteve vitória judicial para obrigar a manutenção de serviços essenciais.

Melhor não Aloizio Mercadante (Educação) cancelou sua participação hoje na abertura da Bienal do Livro, em São Paulo. Reservadamente, o ministro expressou a organizadores preocupação com possível manifestação de professores em greve. Enviou como representante César Callegari, secretário de Educação Básica.

Oremos Quem chama a atenção na feira, realizada no Pavilhão do Anhembi, é Edir Macedo. O líder da Igreja Universal montou suntuoso estande em formato de templo religioso para comercializar os livros da editora Unipro.

Para a plateia O convite para Hussain Aref Saab comparecer à Câmara foi articulado por Gilberto Kassab. O prefeito quer evitar caracterização de "operação-abafa" de sua bancada no escândalo que derrubou o ex-diretor. Funcionário aposentado, ele pode recusar o chamado.

*

TIROTEIO

"Depois do 'Veta, Dilma!', chegou a hora da campanha que tirará do papel o claudicante 'Brasil sem Miséria'. Assina, Dilma!"

DO LÍDER DO PSDB NA CÂMARA, BRUNO ARAÚJO (PE), sobre a emenda que, se sancionada, isenta de impostos e tributos federais os produtos da cesta básica.

*

CONTRAPONTO

Se não pode vencê-los...

Obrigado a suportar diariamente as músicas reproduzidas pelos grevistas em carros de som, Alexandre Padilha (Saúde) resolveu ser blasé com os servidores que protestam na Esplanada. Outro dia, quando entrava no ministério, foi abordado pelo grupo:

-Ministro, dá três reais para a nossa galinhada?

Ele imediatamente contribuiu. Mais tarde, no almoço, ouviu uma queixa do garçom:

-Não aguento mais essas músicas.

-Pois eu acho que vou estranhar mesmo quando acabar- respondeu Padilha.

Com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

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Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.

 

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