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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Em meio à pandemia e protestos vetados, base de Covas tenta votar reforma que extingue cargos em SP

Na crise do coronavírus, aliados do prefeito colocam em pauta projeto para acabar com 2.000 postos

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A base de vereadores aliados do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na Câmara Municipal, pretende votar nesta quarta-feira (18) um projeto de reforma administrativa que pode extinguir mais de 2.000 cargos na administração municipal e, segundo contas do Executivo, economizar R$ 123 milhões por ano.

O projeto foi colocado na pauta de votação desta quarta-feira (18) após articulação da base de apoio do prefeito, liderada pelo vereador Fabio Riva, do PSDB.

A iniciativa tem sido criticada por vereadores que veem oportunismo da administração municipal em tentar votar o projeto no meio da crise do novo coronavírus, quando aglomerações têm sido desencorajadas para evitar a ampliação da pandemia.

"Uma atitude totalmente irresponsável, está gerando mobilização, já tem carros de som na frente da Câmara. Em um momento em que o mundo está debatendo o maior problema de saúde do século, a cidade quer discutir a criação de taxas e de novos cargos", afirma a vereadora Janaina Lima (Novo).

Ela critica a reforma por, segundo ela, propor a criação de cargos em carreiras com salários mais altos à medida que extingue postos mais baixos.

Caso aprovado nesta quarta-feira (18), o projeto irá para sanção do prefeito Bruno Covas. Na primeira votação, no mês passado, servidores lotaram as galerias da Câmara em protesto. Diante da pressão, os vereadores chegaram a fazer modificações no texto referentes aos funcionários do Theatro Municipal.

A Câmara Municipal adotou medidas de restrição em meio à crise do coronavírus. Agora, a entrada no prédio só é permitida para vereadores, assessores, funcionários e terceirizados. A sessão desta quarta-feira (18) será a última das próximas duas semanas. A Câmara reavaliará a cada 15 dias a suspensão das sessões.

"É uma atitude no mínimo incoerente com a expectativa do cidadão, que espera um governo sensível e à disposição para acolher a população em um momento difícil", completa Janaina Lima.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirma que "o objetivo do projeto de lei é reorganizar a estrutura administrativa para evitar sobreposições de funções e melhorar o serviço público, o atendimento ao cidadão."

A gestão municipal argumenta que a própria reforma pode ajudar em crises de saúde.

"No caso, por exemplo, da extinção da Autarquia Hospital Municipal e da Autarquia Municipal de Serviços Auxiliares de Saúde, as atividades serão absorvidas pela Secretaria Municipal da Saúde, dando maior agilidade para as decisões. O que já é esperado no combate ao coronavírus."

A coluna Painel agora está disponível por temas. Para ler todos os assuntos abordados na edição desta quarta-feira (18) clique abaixo:

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