A Polícia Militar de São Paulo mais matou do que feriu, em 2019, nas ações em que reagiu a uma suposta agressão, o chamado excludente de ilicitude. Incluindo também ações de policiais em folga, foram 845 mortes, quase o dobro das 484 pessoas que sofreram lesões corporais decorrentes de intervenção policial. Os números do centro de inteligência da PM mostram que a distância entre mortos e feridos se ampliou em relação a 2018, quando foram 816 e 605, respectivamente.
Estatística O número de pessoas mortas por PMs no ano passado subiu 3,6% em São Paulo e manteve a tendência de alta em 2020 --84 em janeiro, 25% a mais do que no mesmo mês de 2019.
Outro lado A Secretaria de Segurança Pública afirma que "o confronto não é uma opção dos agentes de segurança, que atuam para prender e levar à Justiça àqueles que estão em desacordo com a lei". Diz ainda que as mortes correspondem a 0,3% do total de prisões e que as polícias trabalham para reduzir esse índice.
Outro lado 2 Por fim, afirma que é inadequada a comparação de mortos e feridos e que investiga todas as ações.
Tiroteio
Não se tem excludente de ilicitude quando há uma ocorrência improvisada, precipitada e também desastrosa
Do ex-ouvidor das Polícias Benedito Mariano, sobre o relatório da PM que cita legítima defesa de policiais em ação com nove mortos em Paraisópolis
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