Um acordo que está prestes a ser assinado entre o Ministério da Saúde e a Dasa, líder em medicina diagnóstica no país, deve aumentar em quase 20 vezes a capacidade de processamento dos exames para o novo coronavírus.
Com a estrutura atual, o Brasil consegue realizar aproximadamente 2.700 exames por dia, segundo estimativa do Ministério da Saúde. A parceria com a Dasa, que controla marcas como Alta, Delboni Auriemo e Salomão Zoppi, deve expandir essa capacidade para 30 mil a 50 mil testes analisados por dia, segundo avaliação do governo.
A empresa vai oferecer gratuitamente os profissionais e a infraestrutura de seus laboratórios, enquanto o Ministério da Saúde fornecerá os equipamentos e os insumos. A operação de coleta será realizada pela Dasa a preço de custo.
Na avaliação da pasta, a parceria colocará o Brasil no caminho da Coreia do Sul, país que conseguiu achatar a curva do novo coronavírus aplicando testes em massa e que teve sua estratégia exaltada pela Organização Mundial da Saúde.
Com a ampliação da capacidade de análise, a ideia do Ministério da Saúde é testar não somente os internados graves, mas todos os que apresentarem algum sintoma.
O acordo está em fase final, e as partes planejam assiná-lo até o começo da próxima semana.
A Dasa administra mais de 700 unidades de atendimento no Brasil e realiza mais de 250 milhões de exames por ano.
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
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