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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Confederação Israelita repudia comparação entre campos de concentração nazistas e isolamento social feita por Ernesto Araújo

Entidade diz que não há como comparar medida sanitária com ação persecutória que resultou na morte de seis milhões de judeus na Europa

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A Confederação Israelita do Brasil repudiou um comentário do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, no qual ele compara as medidas de isolamento social para combater os campos de concentração nazistas.

"Não há comparação possível entre uma medida sanitária, adotada em todo o mundo para combater uma pandemia, a uma ação persecutória e racista contra uma minoria inocente, que culminou com o extermínio de 6 milhões de judeus na Europa. Esperamos uma retratação imediata", diz a nota da Conib, publicada nesta quarta-feira (29).

A analogia foi feita no dia 22, quando o chanceler brasileiro publicou um texto em seu blog pessoal criticando um livro escrito pelo filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Zizek.​

Sob o pretexto de uma afirmação de Zizek, segundo o qual os nazistas fizeram um "péssimo uso" do lema "o trabalho liberta", gravado em alemão na porta do campo de concentração em Auschwitz, Ernesto escreveu: "Os comunistas não repetirão o erro dos nazistas e desta vez farão o uso correto. Como? Talvez convencendo as pessoas de que é pelo seu próprio bem que elas estarão presas nesse campo de concentração, desprovidas de dignidade e liberdade".

Fundada em 1948, a Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.

Criticado pelo jornal Times of Israel, Araújo reagiu em suas redes sociais nesta quarta-feira (29) e disse que está promovendo "uma política de aproximação sem precedentes do Brasil com Israel e com todo o povo judeu."

O chanceler diz que é Zizek que toma os campos de concentração como referência ao tratar de sociedades totalitárias, e não ele.

"Em sua teoria, [a sociedade totalitária] pode emergir da pandemia e pela qual ele 'torce' —uma visão de mundo infame contra a qual me insurgi em meu texto", escreve.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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