Tango Entre idas e vindas, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Guedes (Economia) trocaram mensagens até a semana passada. Depois disso, o telefone emudeceu. A relação dos dois, que já se deteriorava desde a reforma da Previdência, quando Maia tomou para si o protagonismo da aprovação, desandou no Orçamento impositivo e inflamou com o socorro aos estados. A visão na Economia é a de que Maia age como líder do DEM com o objetivo de ajudar eleitoralmente aliados nas cidades.
Mágoa O projeto de ajuda aos estados foi a gota d'água na relação, pois Jair Bolsonaro, subsidiado por Guedes, viu-se alijado da política, vendo Maia oferecer benesses em nome da União aos estados.
Ele não Para aliados de Maia, Guedes se ressente da perda de holofotes em temas econômicos. No caso dos estados, a briga tem como pano de fundo a resistência em ajudar João Doria (PSDB-SP) contra o coronavírus, o que é indispensável.
Grampo A auxiliares, Guedes tem dito que Maia tentou um assalto aos cofres da União e que perdeu a confiança no presidente da Câmara a ponto de avaliar se não é o caso de proibir sua equipe de enviar informações a ele. O ministro busca saber tudo o que Maia anda falando e pedindo. Diz temer dar munição para o deputado atirar de volta.
TIROTEIO
Falam que prisão domiciliar não é prisão de verdade. É, sim. Olha só como estamos todos nós, nos sentindo presos
De João Otávio de Noronha, presidente do STJ, sobre isolamento e em referência à defesa que faz da domiciliar para detentos do semiaberto
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
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