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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Depoimento de Ramagem confirma que Bolsonaro queria mudança da chefia do Rio

Delegado cita suposta preocupação do presidente com alegada falta de produtividade

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Depoimento do delegado Alexandre Ramagem, nesta segunda-feira (11), confirma que o presidente tinha interesse na mudança de chefia da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

Como revelou o Painel, nas primeiras horas no cargo o novo comandante da PF trocou o superintendente do Rio e promoveu Carlos Henrique Oliveira, então chefe do órgão no estado, ao posto de diretor-executivo, o segundo da hierarquia.

Embora tenha negado que tenha existido um pedido expresso do presidente, Ramagem admitiu que tinha conhecimento de uma suposta preocupação de Bolsonaro com alegada falta de produtividade no Rio.

Oliveira tomou posse em 10 dezembro. Segundo Sergio Moro, a pressão para a segunda troca no estado recomeçou no início de março deste ano.

Ou seja, em menos de quatro meses, o presidente chegou à conclusão, pela segunda vez, que havia um problema no Rio.

Carlos Henrique Oliveira, superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro
Carlos Henrique Oliveira, superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro - Divulgação

O ex-ministro da Justiça afirmou que não havia motivo ou razão aceitável para as trocas.

“Perguntado se o depoente tinha conhecimento do interesse do presidente da República em substituir o superintendente Carlos Henrique, respondeu que tinha ciência da preocupação do presidente com a produtividade operacional, não apenas do Rio de Janeiro, mas também das outras superintendências; que não tem ciência de qualquer pedido de troca ou sugestões de nomes para a troca do superintendente Carlos Henrique por parte do Presidente da República”, disse Ramagem, segundo termo da oitiva.

O delegado, que ficou por algumas horas como diretor-geral até sua nomeação ser suspensa pelo Supremo, disse também que chegou a fazer sugestões de nomes para o Rio.

Ele afirmou que o escolhido, Tácio Muzzi, não foi sua indicação.

"Perguntado se o atual diretor-geral, dr. Rolando, chegou a pedir ao depoente indicação de nome para substituição da SR/RJ, respondeu que após a impossibilidade da nomeação do depoente para diretor-geral e a confirmação do delegado Rolando como indicado, o ministro da Justiça, André Mendonça, o diretor Rolando, em conversa com o depoente, tiveram ciência de algumas ideias deste apenas a respeito de gestão para combate à criminalidade", consta na transcrição do depoimento.

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