O secretário de produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, tem dito internamente que pretende dar largada a uma desregulamentação radical em setores econômicos.
O ponto de virada ocorre com a saída do economista César Mattos, que já foi do Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência), e chefiava a secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade até a última semana.
No seu lugar, entra o advogado Geanluca Lorenzon, consultor de empresas e egresso do Instituto Mises, de linhagem liberal.
No governo, ele ajudou a formular a Lei da Liberdade Econômica, cuja principal iniciativa foi derrubar uma série de normas ao setor privado em uma única tacada.
O perfil é diferente do de César Mattos, mais próximo do que se pode chamar de melhoria regulatória.
A secretaria desenha regras para a atuação do setor privado em diferentes áreas. No ano passado, reconfigurou as atribuições de empresas no mercado de gás. Mais recentemente estruturou as regras para a atuação privada no 5G.
Internamente, fala-se que Carlos da Costa pretende acionar uma desregulamentação selvagem da economia.
Já Costa diz buscar responder à ordem do presidente Jair Bolsonaro, de "retirar o Estado do cangote do empreendedor".
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
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