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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Funcionários da CSN relatam descuido com coronavírus na Faria Lima e correria para tapear vigilância

Empresa teve explosão de contaminação que trabalhadores atribuem à política restrita de home office

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Igual Após revelar que o escritório de Santo Amaro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) teve explosão de casos de coronavírus desde o começo da pandemia, a coluna Painel foi procurada por funcionários do escritório da Faria Lima da empresa que relataram os mesmos problemas que acreditam ter levado ao cenário crítico no espaço da zona sul de São Paulo.

Eles afirmam que a política restrita de home office adotada pela empresa, que libera poucos para o trabalho remoto, tem feito com que o vírus se dissemine entre os funcionários. Em Santo Amaro, já são pelo menos 12 contaminados.

Corre corre Como em Santo Amaro, os funcionários dizem que não há fiscalização no uso de máscaras, a higienização de ambientes pouco mudou em relação aos períodos sem pandemia e acontecem situações de aglomeração ao longo do dia.

No almoço, por exemplo, os funcionários comem dentro da empresa, já que os restaurantes da região estão fechados, e então ficam todos próximos em um espaço restrito, praticamente sem medidas de prevenção.

Fachada da empresa siderúrgica CSN em Volta Redonda, no Rio de Janeiro
Fachada da empresa siderúrgica CSN em Volta Redonda, no Rio de Janeiro - Eduardo Naddar/Folhapress

Na terça-feira (2), após a publicação do Painel, a Vigilância Sanitária da Prefeitura de SP realizou inspeção no prédio da CSN na Faria Lima.

De acordo com os funcionários, a equipe de Recursos Humanos da empresa passou de mesa em mesa pouco antes da chegada da equipe da Vigilância, distribuiu máscaras e reforçou que todos deveriam usá-las (o que não acontece normalmente, dizem). Pediram também que as funcionárias da copa limpassem as mesas e usassem luvas.

Ok Em nota, a Vigilância Sanitária diz não ter encontrado problemas na empresa.

"Durante a inspeção não foram identificadas irregularidades referentes a segurança e saúde do trabalhador e constatou-se que a empresa está cumprindo todas as medidas de prevenção e redução dos riscos de infecção dos trabalhadores pelo novo coronavirus", disse, em nota ao Painel.

Na segunda-feira (1°), o Painel perguntou à CSN o número exato de casos no escritório de Santo Amaro e na CSN como um todo; se a política seletiva de home office foi aplicada em todos os escritórios; e se a abordagem da empresa à pandemia mudou após o surgimento dos casos. A empresa não enviou retorno.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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