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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Gestão Covas não entende decisão de Doria de autorizar shoppings antes de restaurantes

Prefeitura vê restaurantes como ambientes nos quais o distanciamento e a higienização seriam mais simples

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Em seu plano de retomada das atividades comerciais no estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) colocou os shopping centers na lista de atividades autorizadas para reabertura nas cidades que se encontram no nível laranja, no qual foi classificada a capital.

A decisão pegou de surpresa a administração Bruno Covas (PSDB), que estudava a reabertura de restaurantes antes do que a dos shoppings.

Procurados por associações de restaurantes e bares que pedem a liberação de suas atividades e se comparam aos shoppings, a prefeitura não tem conseguido dizer muito mais além de que essa decisão foi do governo do estado —que, por sua vez, recebeu contínua pressão dos representantes dos shoppings centers desde o começo da pandemia.

No plano de Doria, os restaurantes só poderão ser reabertos na próxima fase, a amarela, quando os índices da cidade melhorarem. Eles foram colocados depois de lojas de rua, concessionárias, escritórios, entre outros.

Na prefeitura, a avaliação é de que o controle de público e a higienização dos espaços é muito mais simples em pequenos restaurantes do que em shoppings.

"É difícil explicar a abertura de shoppings centers antes dos restaurantes em São Paulo. São ambientes maiores, com mais pessoas, e nos quais os frequentadores parecem mais expostos ao risco de contaminação", diz o vereador Eduardo Tuma (PSDB), presidente da Câmara Municipal e aliado de Covas.

"Nos restaurantes é mais simples aplicar os critérios de distanciamento e higienização, já que são ambientes mais controlados e mais restritos", completa Tuma, um dos responsáveis pela interlocução com os setores da sociedade civil no processo de retomada das atividades.

Na gestão Covas há preocupação com a necessidade financeira dos pequenos restaurantes, mais vulneráveis à crise do que os shoppings centers, que possuem mais estrutura para se manterem fechados por mais tempo.

No projeto inicial da prefeitura, estabelecimentos de até 150 metros quadrados puxariam a reabertura dos restaurantes.

Com a decisão anunciada nesta quinta-feira (4) de autorizar a reabertura de escritórios e concessionárias, a prefeitura prevê aumento de circulação de funcionários desses locais. Com isso, eles precisarão de lugares para suas refeições, o que, no entanto, não será possível devido ao modelo do governo do estado.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que "a retomada gradual das atividades econômicas na cidade está sendo realizada em total sintonia com o Plano São Paulo, elaborado pelo Governo do Estado com base em parâmetros fixados e aprovados previamente pelas autoridades sanitárias".

Diz também que o processo tem sido conduzido com "total transparência" e "diálogo permanente com as entidades que representam todos os agentes econômicos do município", e conclui ao dizer que está escalonando os horários de abertura e encerramento "para evitar sobrecarga do sistema de transporte público e, assim, reduzir o máximo possível o risco de contágio".

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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