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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Sara Winter, ativista do movimento 300 do Brasil, é presa pela PF em Brasília

Prisão de bolsonarista líder do grupo armado de extrema direita foi autorizada por Alexandre de Moraes

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A ativista do movimento 300 do Brasil Sara Winter foi presa em Brasília pela Polícia Federal na manhã desta segunda (15).

O mandado foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A prisão é temporária, válida por cinco dias.

A ativista é uma das investigadas no inquérito das fake news.

A prisão, no entanto, saiu de outro inquérito, do que apura a realização de atos antidemocráticos, também sob relatoria de Moraes.

O pedido contra a bolsonarista foi feito pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, na sexta-feira (12).

Winter está entre os líderes do chamado movimento "Os 300 do Brasil", grupo armado de extrema direita formado por apoiadores de Jair Bolsonaro, que acampavam em Brasília.

Ao todo, a PF cumpre nesta segunda seis mandados de prisão, todos relacionados aos 300.

"Os pedidos de prisão foram apresentados a partir de indícios obtidos pelo Ministério Público Federal de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional, objeto do inquérito. O objetivo das prisões temporárias é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso", consta na nota divulgada pela PGR.

Depois de ter sido alvo de busca e apreensão no fim de maio no inquérito das fake news, a ativista publicou um vídeo afirmando ter vontade de “trocar socos” com Moraes e prometendo infernizar a vida do ministro e persegui-lo.

Em seguida, no dia 31 de maio, Winter liderou um protesto em frente ao STF acompanhada de manifestantes usando máscaras e carregando tochas.

Neste sábado (13), o acampamento do movimento foi desmontado pelo governo do Distrito Federal. Winter pediu reação do presidente.

À tarde, liderados pela ativista, um grupo de 20 pessoas rompeu a área cercada no entorno do Congresso e invadiu a laje do prédio. Após ação da Polícia Legislativa, eles foram para o gramado em frente ao espelho d'água. Ela afirmou ainda que vai "acampar" no Congresso.

Em entrevista à Folha, no dia 12 de maio, Winter reconheceu que alguns membros do movimento estavam armados, embora tenha dito que as armas eram apenas para defesa do grupo e não para atividades de militância.​

Neste domingo (14), a Procuradoria-Geral da República instaurou uma investigação preliminar sobre o ato da noite de sábado em que manifestantes atiraram fogos de artifício em direção ao STF simulando um bombardeio.

A ação da PGR foi em resposta a um pedido do presidente da corte, Dias Toffoli.

Histórico

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura de inquérito para investigar manifestações antidemocráticas no dia 20 de abril, após um pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O objetivo de Aras é apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por "atos contra o regime da democracia brasileira por vários cidadãos, inclusive deputados federais, o que justifica a competência do STF".

27.05.2020, Ativista Sara Winter de grupo armado de extrema direita ameaça ministro do STF Foto: Sara Winter no youtube

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