Rebate Em resposta às críticas feitas à reforma do vale do Anhangabaú nas redes sociais, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) defende o projeto. "Com boa gestão, ali vai se transformar em uma nova Avenida Paulista", diz.
O projeto do urbanista Jan Gehl foi criado na administração petista, mas começou a ser executado somente com Bruno Covas (PSDB) na prefeitura.
"Ali vai se tornar um espaço muito importante de frequência. São Paulo não tem o hábito de frequentar a rua como se tem na Europa. Estamos sempre em lugares fechados: cinemas, shoppings, restaurantes”, completa.
Marrom Sobre os ataques, afirma que as fotos que circulam na internet mostram um plano que não está pronto (a prefeitura prevê a conclusão das obras para setembro) e que esse é o motivo para ainda não haver árvores. Diz também que reclamam da retirada de algo que "não era verde". "Era um gramado. Grama não é verde. Era uma lâmina de terra mínima, nem drenava [a chuva]".
"A parte central não tem [verde] mesmo, mas entre ela e as alamedas tem uma previsão de plantio, de maneira a criar uma espécie de alameda. A parte central é uma área de convivencia. É uma esplanada, lugar de show, de espetáculos. Vai unir os dois centros, o velho e o novo. Ali é um lugar esplêndido", explica.
A comparação entre fotos dos anos 1920 e as do estágio atual, feita nas redes sociais, soa descabida para Haddad.
"A obra [atual] foi feita a partir do que existia ali, que era uma laje. Não mudou. Isso que não está sendo compreendido. Era uma laje e continua sendo. Nos anos 1920, 1930, era outra coisa. Ali foi colocada uma laje. A gente alterou o piso dela, basicamente. Uniformizamos para que virasse um espaço de convivência. Não era um espaço de convivência, mas de passagem. Perigoso, inclusive", conclui.
Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia
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