Com os problemas na Justiça enfrentados pelos correligionários José Serra e Geraldo Alckmin, o prefeito Bruno Covas (PSDB) tenta desconectar sua pré-campanha na cidade de São Paulo das investigações contra integrantes do partido. O tucano diz que, na hora do voto, a população pensa muito mais no transporte público, no acesso à saúde e em vagas em creches. Evitando o assunto, Covas diz de maneira indireta que os casos de Serra e Alckmin são incomparáveis com o de Aécio Neves (MG).
“Não há nenhum áudio de Serra ou Alckmin pedindo dinheiro”, diz ele, ao se referir à gravação de Aécio pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista. Covas chegou a dizer no ano passado que não permaneceria no partido se o mineiro ficasse. Nunca saiu, no entanto. Alckmin e Serra viraram réus em desdobramentos da mesma operação Lava Jato.
"A população está preocupada com remédio no posto de saúde, com ampliação das linhas de ônibus na cidade, com o número de creches, com as casas construídas”, afirma o prefeito, que tenta a reeleição.
Diferentemente do aliado João Doria (PSDB), que escolheu o franco antagonismo com Jair Bolsonaro, Covas adota tom moderado ao falar de responsáveis pelos péssimos números do Brasil no controle da pandemia. “Acho que não é o momento de apontar culpados. A preocupação é com a saúde dos 12 milhões de paulistanos”.
Na semana passada, dois possíveis vices na chapa de Covas tomaram outros caminhos: Celso Russomanno lançou candidatura própria pelo Republicanos e José Luiz Datena desistiu do pleito. O prefeito diz que nada mudou e que ainda está na fase de conversar com partidos.
“Em nenhum momento a gente listou nomes de vice, isso quem tem feito é a imprensa. A expectativa é definir até o fim do mês com quais partidos nós vamos contar e aí nos dias que antecedem a convenção fechar o nome do vice”, diz.
Tiroteio
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