A ação da Procuradoria-Geral da República contra Wilson Witzel (PSC-RJ) uniu dois polos que estão em briga. Enquanto travam batalha no Supremo por causa do compartilhamento de dados de inquéritos, a equipe de Augusto Aras e a força-tarefa da Lava Jato do Rio trabalharam juntas na apuração que levou ao afastamento do governador na sexta (28). Segundo quem acompanhou de perto a investigação, houve uma mudança na relação no último mês, com sinais de um alinhamento pragmático entre Brasília e Rio para seguir com os trabalhos do caso.
Coube ao coordenador da força-tarefa do estado fazer a defesa das acusações de Witzel contra a subprocuradora Lindôra Araújo. "A ação não tem qualquer motivação política", afirmou o procurador Eduardo El Hage em entrevista. Um assessor da PGR participou da coletiva de imprensa.
Entre procuradores, a impressão é a de que o embate com a Lava Jato do Rio se restringe a troca de informações e que o alvo principal de Aras é Deltan Dallagnol, próximo de Sergio Moro, desafeto de Jair Bolsonaro.
Sobre o futuro das investigações, envolvidos afirmam ter duas certezas: novos acordos de delação serão firmados e novas denúncias serão apresentadas.
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