Apesar da tentativa de aproximação com Jair Bolsonaro, Cláudio Castro (PSC), terá dificuldade de se segurar no lugar de Wilson Witzel, afastado pelo STJ, segundo relatos que chegaram ao Planalto nesta sexta (28). O vice começou sua interinidade sendo alvo de busca e apreensão. Além disso, a prisão do pastor Everaldo, presidente da sigla, ajuda no enfraquecimento do vice, avaliam políticos. Com isso, por ora, aliados dizem que o presidente deve se manter distante do governador em exercício.
A principal preocupação da família Bolsonaro é com a escolha do novo procurador-geral de Justiça do Rio. Como mostrou reportagem da Folha, o clã decidiu que vai tentar influenciar na disputa e o senador Flávio já tinha iniciado aproximação com Castro. Pela Constituição fluminense, o governador é responsável pela nomeação.
Apesar da situação considerada delicada, um cenário de perda de mandato de Witzel e Castro, no entanto, ainda não foi assimilado pelo mundo político. Se ocorrer até dezembro, há nova eleição. Ainda não há candidatos postos para esse pleito, que, mais grave, poderia embolar com a eleição municipal.
Governadores se falaram várias vezes após a operação no Rio. Segundo relatos, não houve discussão sobre o mérito das acusações contra Witzel, mas questionamentos ao fato de o afastamento se dar por decisão monocrática. A medida foi avaliada por alguns como precipitada.
A debilidade da administração do Rio facilita o trabalho da União nas negociações pela renovação do Regime de Recuperação Fiscal, dizem pessoas envolvidas no tema. O poder de barganha do estado caiu.
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