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Descrição de chapéu senado

Casal entra com ação contra Flávio Bolsonaro e pede indenização de R$ 180 mil por danos morais

Autores argumentam que o senador causou danos à imagem dos filhos em publicação nas redes sociais

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Rio de Janeiro

Os pais de duas crianças do Rio de Janeiro entraram com uma ação na Justiça Cível contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), pedindo o pagamento de indenização de R$ 180 mil por danos morais. Em junho, o senador publicou nas redes sociais uma foto dos filhos dos autores, criticando a sua "doutrinação".

Na última semana, o juiz Marcos Brito determinou a citação de Flávio na ação, que corre em segredo de Justiça na 29ª Vara Cível.

Em junho deste ano, o senador publicou uma foto na qual duas crianças --um menino de 11 anos e uma menina de 10-- apareciam em um ato contra o então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (sem partido). Ambos tinham os dizeres "Ele não" pintados no rosto.

A imagem acompanhava o texto: "No dia em que seu filho se tornar um militante contra a fé, porque foi doutrinado na escola ou na univesidade, tendo sua mente sequestrada pelo marxismo cultural, você entenderá que a luta não era por um presidente, mas por um Brasil livre".

No mês seguinte, os pais chegaram a ingressar com uma ação para que o senador apagasse a imagem de suas redes. Após a repercussão do caso, a postagem foi retirada da página de Flávio.

Os pais também enviaram uma notificação extrajudicial ao senador, buscando uma indenização, mas não receberam resposta.

Na ação movida no Tribunal de Justiça do Rio, os autores afirmam que o "tom sensacionalista, vulgar e visceral" revelam que o propósito do senador era "deteriorar a imagem das crianças".

Eles argumentam que o tema ganhou repercussão viral, causando danos à imagem, reputação e honra das crianças e da família.

"Houve inúmeros compartilhamentos nas redes sociais, bem como comentários em massa associando a imagem das crianças a um caráter negativo. As crianças, sua mãe e seu pai suspenderam suas contas nas redes sociais por medo de sofrerem, em consequência ao linchamento na internet, algum mal para além do meio virtual", escreveu o advogado Carlos Nicodemos na petição inicial.

"A situação se torna ainda mais grave uma vez que envolve direitos fundamentais de crianças e a página de um deputado federal, o qual conta com mais de 2,4 milhões de seguidores do Instagram e mais de 1,66 milhão de seguidores do Facebook."

Procurado, o senador nao se manifestou.

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